Respostas
Durante o século VI, os muçulmanos herdaram a tradição e o conhecimento científico da antigüidade, preservaram, elaboraram, fizeram uma releitura e, finalmente, passaram-na para a Europa, foi nessa época que a dinastia Omíada manifestou seu interesse pela ciência.
Foi o século que para os muçulmanos correspondeu às luzes da filosofia, da descoberta científica e do desenvolvimento, enquanto que a Europa mergulhava no que se convencionou chamar a Idade das Trevas, os árabes desse tempo assimilaram o conhecimento persa e a herança clássica dos gregos, adaptando-os às suas próprias necessidades e formas de pensamento.
Pela primeira vez na história da humanidade, a teologia, a filosofia e a ciência puderam ser harmonizadas em um todo unificado, graças à capacidade islâmica de conciliar o monoteísmo com as provas da ciência, ou mais adequadamente, a fé com a razão.
Talvez, um dos motivos que pode explicar esse desenvolvimento da ciência seja o mandamento de Deus para que as leis da natureza sejam exploradas, a idéia é admirar a criação por sua complexidade, admirar o Criador por sua habilidade, talvez por causa dessa crença é que as contribuições do Islam à ciência alcançaram os diversos ramos do pensamento, inclusive a matemática, a astronomia, a medicina e a filosofia.
As culturas persa e hindu tornaram-se parte da herança islâmica no campo da Matemática. No século VII, durante a existência do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), um matemático muçulmano hindu desenvolveu o símbolo "zero", que viria a revolucionar o estudo da matemática e tornar possível as grandes conquistas nesse campo, não só muçulmanas, mas de toda a humanidade.
Palavras como "álgebra" e "algoritmo" foram, na verdade, tiradas do vernáculo arábico e traduzidas para o latim. Foi um matemático muçulmano que formulou, explicitamente, a função trigonométrica, a palavra "seno" é uma tradução da palavra arábica "jayb".
Al-Khwarizmi escreveu o mais antigo livro sobre matemática, conhecido somente na versão traduzida, ele apresentou mais de 800 exemplos de cálculo de integração e equação, que viriam a ser adotados pelos neo-babilônios.