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Tenentismo foi o movimento político-militar revolucionário que tomou corpo no Brasil a partir de 1922, sob a forma de uma série de levantes em todo o território nacional.
Basicamente integrado por oficiais de baixa patente, levou os tenentes, na década de 1930, a adotarem uma atitude paternalista e autoritária quanto às decisões que afetassem a vida da população, que não estaria capacitada a participar da revolução ou escolher seus representantes antes de ser submetida a um processo educativo.
O programa do tenentismo na década de 1930 era tipicamente de classe média e propunha a defesa da unidade nacional; a regulamentação do trabalho; a intervenção estatal na economia; o desenvolvimento e a diversificação agrícolas e, em segundo plano, a industrialização; e a defesa da segurança nacional, por meio da estatização das riquezas naturais, da indústria de base e demais núcleos da infra-estrutura econômica, num regime anticapitalista.
A derradeira intervenção dos militares na política brasileira só ocorreu em 1964 e deu início a uma ditadura de mais de vinte anos. Muitos dos tenentes da década de 1920, já promovidos a altas patentes, ocuparam cargos importantes, entre os quais Geisel e Costa e Silva, que exerceram a presidência da república.
A visão golpista, o estado centralizado, o autoritarismo paternalista e o exercício da força para garantir a estabilidade do governo, característicos do tenentismo na década de 1930, foram então postos em prática. A defesa da segurança nacional justificou arbitrariedades como a censura à imprensa e a perseguição, tortura e morte de cidadãos suspeitos de subversão.
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