resumo sobre a ascensão da cafeicultura no segundo reinado(eu preciso desse resumo pra ontem por favor é urgente!)
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Não se sabe exatamente quando o café foi introduzido no Brasil. A tradição meio lendária fixa o ano de 1727, quando Melo Palheta teria introduzido a primeira muda no norte da colônia. Na Europa, o café já era conhecido como vegetal medicinal, capaz de curar certas doenças. No Brasil, apesar do crescente interesse europeu pelo produto, o café foi deixado em plano secundário por causa da euforia do período da mineração. O café começou a despertar interesse econômico com a decadência da mineração e com o chamado renascimento agrícola.
Vegetal de difícil adaptação, o café exige temperatura amena, tipo de solo específico e chuvas bem distribuídas o ano todo. O tempo de carência é demorado, isto é, só começa a produzir depois de cinco anos. As regiões em que o café se adaptou melhor foram: parte do Rio de Janeiro, sudoeste deMinas Gerais e São Paulo. O Nordeste não tinha nem capital suficiente nem condições climáticas propícias para o desenvolvimento da lavoura cafeeira. O Rio de Janeiro pode ser considerado a região pioneira na agricultura do café. Vagarosamente, as lavouras de café foram avançando nas áreas próximas ao litoral em direção ao sul, seguindo o vale do rio Paraíba do Sul.
Os anos de 1837 e 1838 registraram números surpreendentes. A agricultura cafeeira, já se estendendo em direção a São Paulo, superou a produção do açúcar, e o café passou a ser o principal produto de exportação.
Na segunda metade do século XIX, percebeu-se que solos de terra roxa eram os ideais para o cultivo do café. A região que tinha esse tipo de solo era ooeste de São Paulo. Campinas, que em 1836 havia produzido 8.801 arrobas, em 1854 produziu quase quarenta vezes mais, isto é, 335 mil arrobas. Entre 1850 a 1860, a produção passou de 17 mil para 26 mil sacas de café. Em 1860, Santos já era o principal porto exportador.
A economia agrária e exportadora continuava a exigir grandes latifúndios. Esses latifúndios dominados por uma nova aristocracia, logo chamada de "barões do café", dependia, da mão-de-obra escrava. As tradicionais fazendas de café possuíam, como os velhos engenhos, uma casa-grande euma senzala, mas havia uma tendência para introduzir a mão-de-obra livre, por se tratar de uma economia capitalista mais dinâmica. O senador Nicolau de Campos Vergueiro foi o pioneiro na utilização da mão-de-obra livre de colono de origem européia, em 1847.
Um outro dado inovador da agricultura cafeeira foi a instituição da ferroviacomo meio de transporte, substituindo os muares (da raça do mulo, besta, muar, mula). O Brasil estava se modernizando e se adaptando à era docapitalismo imperialista.
O capital para a expansão da economia cafeeira foi basicamente o dos próprios fazendeiros, isto é, não foi preciso, como no período do açúcar, a associação com estrangeiros. Na região fluminense, o capital necessário para o desenvolvimento da lavoura existente, como a cana-de-açúcar. Em São Paulo, o capital originou-se do comércio de mulas e cavalos na região de Sorocaba bem como de outras atividades agrícolas.
Apesar de as duas regiões financiarem com recursos próprios as suas lavouras, havia uma diferença marcante entre elas: enquanto a região fluminense insistia em sistemas mais antiquados, como a mão-de-obra escrava, a lavoura paulista se modernizava, mecanizando-se e introduzindo a mão-de-obra assalariada.