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O masoquismo moral implicaria, por assim dizer, um retrocesso a uma ordem neurótica, na qual o sujeito seria incapaz de dessexualizar seus vínculos e sublimar suas formas de obter satisfação. Claro, cientes de que, se o masoquismo moral é igualmente masoquismo erógeno, então, a libido já encontrou a pulsão de morte. Porém, contrariamente ao que se costuma supor, o encontro de Eros com Tanatos no interior da economia masoquista não mobiliza o aumento da agressividade do supereu, mas tão somente o automartírio do eu e sua necessidade de sofrer[11]. Para a segunda tópica freudiana, a única instância capaz de vigiar e castigar o eu é o supereu e seus representantes, eles são os jagunços, por assim dizer, no território euoico. No entanto, o supereu aparece, na economia do masoquismo moral, o mesmo sádico de sempre, nem mais, nem menos violento. O eu, no masoquismo moral patológico, sai em busca de castigo oferecendo sua face sempre que tem a oportunidade de levar uma bofetada (Freud, 1924).
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