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Todos os dias muitas mulheres são assediadas e estupradas no Brasil. Somente uma pequena parcela é denunciada, o restante é escondido. A cultura do estupro deve ser combatida, mas há um percurso longo a ser percorrido.
Chegou-se a um ponto em que a sociedade julga normal quando uma mulher é cantada na rua. E a culpa é dela. É normal ser abusada por estar bêbada e com roupas curtas. E a culpa é dela. A culpa é sempre dela. Esse conceito está impregnado no pensamento coletivo.
As mulheres são julgadas muito antes de se julgar o agressor. O julgamento começa em casa. Você vai sair desse jeito? Vai sair sozinha? Está muito oferecida. São frases desse tipo que todas as mulheres já ouviram alguma vez na vida.
Quando decide denunciar, além de já ter sido violentada, sofre acusações do tipo "Você mereceu, saiu desse jeito porque quis". "Estava pedindo". Se tornou errado ter a liberdade de vestir-se como queira, sair a noite sozinha, ir para a balada sem acompanhante. E a culpa é dela.
A cultura do estupro deve ser combatida por meio de punições severas para os estupradores, incentivo público em palestras, publicidades, comerciais sobre a liberdade da mulher, conscientização em escolas para ensinar as crianças a como se comportarem diante dessa situação na sociedade, além de lembrar as mulheres sobre seus direitos perante a Lei Maria da Penha que à protege de tais acontecimentos.
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