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Criado em 3 de agosto de 1961, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) atualmente é reconhecido no mundo todo por seus sistemas de monitoramento do meio ambiente, estudos climáticos e previsão do tempo, ciências espaciais e atmosféricas, engenharia de satélites e pela excelência de seus cursos de pós-graduação.
O INPE deu ao Brasil a capacidade de desenvolver satélites, produzir ciência espacial de qualidade, monitorar nosso território, ter uma previsão de tempo moderna, entender as mudanças globais e fazer com que o Espaço seja parte da sociedade brasileira.
Como executor de atividades do Programa Espacial Brasileiro, fomenta a inovação e o fortalecimento do setor aeroespacial no país. No INPE, são construídos satélites para produção de dados sobre o planeta Terra e desenvolvidas pesquisas que transformam esses dados em conhecimento, produtos e serviços para a sociedade brasileira e para o mundo.
Sua política industrial é voltada ao estabelecimento, manutenção e aperfeiçoamento de empresas brasileiras para a área espacial, capacitando-as, também, para o desenvolvimento de produtos com maior valor agregado em outros setores.
O INPE distribuiu gratuitamente, pela internet, as imagens de satélites que beneficiam o sistema de gestão do território do próprio governo, a pesquisa nas universidades e o desenvolvimento das empresas privadas, que geram emprego e renda com tecnologia espacial.
As imagens e produtos derivados do INPE são úteis em áreas como saúde, segurança pública, gerenciamento de desastres naturais e da biodiversidade. A previsão de tempo e clima garante dados a setores econômicos como o agronegócio e o planejamento energético, fundamentais para o desenvolvimento do país.
Ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o INPE tem como missão contribuir para que a sociedade brasileira usufrua dos benefícios propiciados pelo contínuo desenvolvimento do setor espacial.
Comemoração
Conduzida pelo diretor do INPE, Leonel Perondi, a solenidade em comemoração ao aniversário de 52 anos do instituto está marcada para o dia 23 de agosto. Na ocasião, serão homenageados os servidores que completaram 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45 anos de atividades, b
Em 3 de agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros nomeia o Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE) - o embrião do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) -, criado para atuar em radioastronomia, astronomia, rastreio ótico de satélites e comunicações por meio de satélites. Naquele ano, os soviéticos enviam o primeiro homem ao espaço - Yuri Gagarin faz um voo de 48 minutos na nave Vostok I e afirma: "A Terra é Azul".
No Brasil, os projetos de pesquisas espaciais surgem rapidamente. Na segunda metade da década de 60, o INPE embarca cargas úteis em foguetes de sondagem lançados a partir da Barreira do Inferno (RN); começa a receber imagens meteorológicas de satélites; organiza seus cursos de pós-graduação para formar recursos humanos altamente qualificados; lança o Projeto SACI (Sistemas Avançados de Comunicações Interdisciplinares) para estudar a viabilidade do uso de satélites para retransmissão de programas educacionais.
A corrida espacial se intensifica. O norte-americano Neil Armstrong é o primeiro homem a pisar na Lua, em 20 de julho de 1969. No mesmo ano, os Estados Unidos enviam uma sonda a Marte, e os soviéticos, um robô a Vênus. Os Estados Unidos lançam, em 1973, a estação espacial Skylab, habitada durante nove meses por três diferentes grupos de astronautas. Nesse período, é implantada a estação de recepção de dados de satélites de sensoriamento remoto do INPE em Cuiabá (MT). O Brasil torna-se, em 1973, o terceiro país a receber imagens do satélite norte-americano Landsat, depois dos Estados Unidos e do Canadá.