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Karl Marx[nota 1] (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883)[9] foi um filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionário socialista. Nascido na Prússia, ele mais tarde se tornou apátrida e passou grande parte de sua vida em Londres, no Reino Unido. A obra de Marx em economia estabeleceu a base para muito do entendimento atual sobre o trabalho e sua relação com o capital, além do pensamento econômico posterior.[10][11][12] [13] Ele publicou vários livros durante sua vida, sendo que O Manifesto Comunista (1848) e O Capital (1867-1894) são os mais proeminentes.
Marx nasceu em uma rica família de classe média em Tréveris, na Renânia prussiana, e estudou nas universidades de Bonn e Berlim, onde ficou interessado pelas ideias filosóficas dos jovens hegelianos. Depois dos estudos, ele escreveu para Rheinische Zeitung, um jornal radical publicado em Colônia, e começou a trabalhar na teoria da concepção materialista da história. Ele se mudou para Paris em 1843, onde começou a escrever para outros jornais radicais e conheceu Friedrich Engels, que se tornaria seu amigo de longa data e colaborador. Em 1849, ele foi exilado e se mudou para Londres junto com sua esposa e filhos, onde continuou a escrever e formular suas teorias sobre a atividade econômica e social. Ele também fez campanha para o socialismo e tornou-se uma figura significativa na Associação Internacional dos Trabalhadores.[14]
As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia e a política — a compreensão coletiva de que é conhecido como o marxismo — sustentam que as sociedades humanas progridem através da luta de classes: um conflito entre uma classe social que controla os meios de produção e a classe trabalhadora, que fornece a mão de obra para a produção e que o Estado foi criado para proteger os interesses da classe dominante[15], embora seja apresentado como um instrumento que representa o interesse comum de todos. Além disso, ele previu que, assim como os sistemas socioeconômicos anteriores, o capitalismo produziria tensões internas que conduziriam à sua auto-destruição e substituição por um novo sistema: o socialismo. Ele argumentava que os antagonismos no sistema capitalista, entre a burguesia e o proletariado,[16] seriam consequência de uma guerra perpétua entre a primeira e as demais classes ao longo da história.[17] Isto, associado à sociedade industrial e ao acúmulo de capital,[18]geraria a sua classe antagônica,[19] que resultaria na "conquista do poder político pela classe operária e, eventualmente, no estabelecimento de uma sociedade sem classes[20][21] e apátrida — o comunismo — regida por uma livre associação de produtores.[22][23] Marx ativamente argumentava que a classe trabalhadora deveria realizar uma ação revolucionária organizada para derrubar o capitalismo e provocar mudanças sócio-econômicas.[24]
Elogiado e criticado, Marx tem sido descrito como uma das figuras mais influentes na história da humanidade.[25] Muitos intelectuais, sindicatos e partidos políticos a nível mundial foram influenciados por suas ideias, com muitas variações sobre o seu trabalho base. Marx é normalmente citado, ao lado de Émile Durkheim e Max Weber, como um dos três principais arquitetos da ciência social moderna