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Em "A cabana do pai Tomás", Harriet Beecher Stowe narra o sofrimento e as injustiças contra negros escravizados nos Estados Unidos dos anos 1850, em plena luta abolicionista. A história de dor, luta e libertação busca conquistar o reconhecimento dos negros como seres humanos, que tem - nas palavras de Harriet - "alma e raciocínio". O escravismo os reduz a animais ou a coisas, sem consideração a sua subjetividade, a seus sentimentos ou a sua dignidade, e, como tal, é, para Harriet, uma perversidade completa. Harriet aponta para a necessidade de construir uma civilização em que os negros assumam papéis fundamentais, como qualquer cidadão.
Na visão de Harriet B. Stowe, apesar de selvagens e pagãos, os negros não devem ser açoitados ou escravizados, mas educados, civilizados, e o caminho natural para isso é - na sua visão - o ensino da verdadeira doutrina cristã, que ensina o amor ao próximo e pode "salvar suas almas". Para Harriet, não é a violência, mas a educação cristã o método civilizatório legítimo e eficaz na construção de uma nação fraterna.
Tomás é a expressão viva - contrariando os preconceitos da época - de que os negros podem ser educados e levados a praticar o evangelho, mas que, se o sistema escravista permanecer, aqueles que se aproximam do exemplo de Cristo continuarão a ser torturados, humilhados e assassinados, tal como Cristo o foi. Nem a mais básica instituição cristã, a família, perdura no terreno onde o escravismo domina, pois irmãos, pais, filhos, mães etc. são vendidos e separados no mercado de escravos. Escravismo e cristianismo são, para Harriet, mutuamente excludentes. O fim do escravismo é, portanto, condição para a construção de uma nação cristã, verdadeiramente livre e fraterna nos Estados Unidos.
Apesar da exaltação dos valores cristãos, "A Cabana do Pai Tomás" não se reduz a uma peça de publicidade religiosa; trata-se de um belo romance histórico, eivado de uma evidente intencionalidade sociopolítica de Harriet Beecher Stowe em defesa da abolição.
Na visão de Harriet B. Stowe, apesar de selvagens e pagãos, os negros não devem ser açoitados ou escravizados, mas educados, civilizados, e o caminho natural para isso é - na sua visão - o ensino da verdadeira doutrina cristã, que ensina o amor ao próximo e pode "salvar suas almas". Para Harriet, não é a violência, mas a educação cristã o método civilizatório legítimo e eficaz na construção de uma nação fraterna.
Tomás é a expressão viva - contrariando os preconceitos da época - de que os negros podem ser educados e levados a praticar o evangelho, mas que, se o sistema escravista permanecer, aqueles que se aproximam do exemplo de Cristo continuarão a ser torturados, humilhados e assassinados, tal como Cristo o foi. Nem a mais básica instituição cristã, a família, perdura no terreno onde o escravismo domina, pois irmãos, pais, filhos, mães etc. são vendidos e separados no mercado de escravos. Escravismo e cristianismo são, para Harriet, mutuamente excludentes. O fim do escravismo é, portanto, condição para a construção de uma nação cristã, verdadeiramente livre e fraterna nos Estados Unidos.
Apesar da exaltação dos valores cristãos, "A Cabana do Pai Tomás" não se reduz a uma peça de publicidade religiosa; trata-se de um belo romance histórico, eivado de uma evidente intencionalidade sociopolítica de Harriet Beecher Stowe em defesa da abolição.
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