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A filosofia antiga se estende do século VI aC até o século VI dC, aproximadamente. Pode ser dividida em quatro períodos: Cosmológico, antropológico, sistemático e helenístico (Cabral, 2006).O surgimento da Filosofia corresponde a um momento complexo da cultura grega que costuma designar-se por "milagre grego". Esta expressão traduz um fenómeno original que teve o seu apogeu na Grécia no século V a. c. e que se traduz num extraordinário florescimento das artes, da literatura, da ciência, da filosofia, das formas de organização política e económica.
1. PERÍODO COSMOLÓGICO
Estende-se do século VI aC ao final do século V aC. É marcado pela preocupação dos filósofos da época em descobrir a substância essencial de todos os seres. Esta descoberta deveria dar-se pela racionalidade, e não pelos mitos, que eram a forma comum de explicação para os fenômenos da natureza antes deste período (Chaui, 2002). Os filósofos do período cosmológico tentavam responder, utilizando a razão, aos problemas da origem, da ordem e transformação da natureza e do homem, como animal que é.
Os filósofos pré-socráticos (do período cosmológico) defendiam que o mundo não surgiu do nada, e que a natureza é eterna, já que, mesmo que as coisas se transformem, elas nunca desaparecem.
Surgiram diversas escolas, mas os pré-socráticos, de maneira geral, buscavam o arché, o elemento constitutivo de todas as coisas (Nunes, 1986).
1.1 ESCOLA JÔNICA
Primeira escola filosófica, desenvolveu-se durante o século VI aC. Seus integrantes acreditavam que encontrariam o arché em um único elemento.
Para Tales de Mileto (625-558 aC), considerado o primeiro filósofo da história, o arché era a água. Anaximandro de Mileto (610-547 aC) acreditava que havia um princípio anterior às coisas, imperceptível pelos cinco sentidos, mas capaz de permitir a compreensão dos elementos observados na natureza, e chamou tal princípio de Ápeiron. Anaxímenes de Mileto (588-528 aC), o primeiro homem a afirmar que a Lua era iluminada pelo Sol, acreditava que a Terra era plana e flutuava sobre o ar, por isso, para ele, o Aché era o ar. Heráclito de Éfeso (540-476 aC) entendia o mundo como sendo dinâmico e em constante transformação; o elemento fundamental é o fogo (Cabral, 2006; Chaui, 2002; Nunes, 1986).
1.2 ESCOLA PITAGÓRICA
Fundada por Pitágoras de Samos, esta escola reúne elementos religiosos e morais às suas conclusões filosóficas, além de utilizar astrologia egípcia. Talvez o pitagorismo tenha sido não só uma escola filosófica, mas também uma seita religiosa. A escola defende que o número é o arché.
Pitágoras de Samos (570-490 aC), fundador da escola, defendia uma doutrina de acentuadas ligações com questões políticas, considerada secreta. Embora secreta, sabe-se que defendiam a imortalidade da alma (metempsicose), que a história era cíclica, e que todos os seres vivos estavam ligados por parentesco. Pitágoras não deixou obra escrita. Pode-se citar três pontos de seus pensamentos: o número era o arché; defendiam a teoria dos opostos ? forma dualista-; existiam verdades de ordem matemática (Nunes, 1986; Cabral, 2006; Rezende, 2003).
1. PERÍODO COSMOLÓGICO
Estende-se do século VI aC ao final do século V aC. É marcado pela preocupação dos filósofos da época em descobrir a substância essencial de todos os seres. Esta descoberta deveria dar-se pela racionalidade, e não pelos mitos, que eram a forma comum de explicação para os fenômenos da natureza antes deste período (Chaui, 2002). Os filósofos do período cosmológico tentavam responder, utilizando a razão, aos problemas da origem, da ordem e transformação da natureza e do homem, como animal que é.
Os filósofos pré-socráticos (do período cosmológico) defendiam que o mundo não surgiu do nada, e que a natureza é eterna, já que, mesmo que as coisas se transformem, elas nunca desaparecem.
Surgiram diversas escolas, mas os pré-socráticos, de maneira geral, buscavam o arché, o elemento constitutivo de todas as coisas (Nunes, 1986).
1.1 ESCOLA JÔNICA
Primeira escola filosófica, desenvolveu-se durante o século VI aC. Seus integrantes acreditavam que encontrariam o arché em um único elemento.
Para Tales de Mileto (625-558 aC), considerado o primeiro filósofo da história, o arché era a água. Anaximandro de Mileto (610-547 aC) acreditava que havia um princípio anterior às coisas, imperceptível pelos cinco sentidos, mas capaz de permitir a compreensão dos elementos observados na natureza, e chamou tal princípio de Ápeiron. Anaxímenes de Mileto (588-528 aC), o primeiro homem a afirmar que a Lua era iluminada pelo Sol, acreditava que a Terra era plana e flutuava sobre o ar, por isso, para ele, o Aché era o ar. Heráclito de Éfeso (540-476 aC) entendia o mundo como sendo dinâmico e em constante transformação; o elemento fundamental é o fogo (Cabral, 2006; Chaui, 2002; Nunes, 1986).
1.2 ESCOLA PITAGÓRICA
Fundada por Pitágoras de Samos, esta escola reúne elementos religiosos e morais às suas conclusões filosóficas, além de utilizar astrologia egípcia. Talvez o pitagorismo tenha sido não só uma escola filosófica, mas também uma seita religiosa. A escola defende que o número é o arché.
Pitágoras de Samos (570-490 aC), fundador da escola, defendia uma doutrina de acentuadas ligações com questões políticas, considerada secreta. Embora secreta, sabe-se que defendiam a imortalidade da alma (metempsicose), que a história era cíclica, e que todos os seres vivos estavam ligados por parentesco. Pitágoras não deixou obra escrita. Pode-se citar três pontos de seus pensamentos: o número era o arché; defendiam a teoria dos opostos ? forma dualista-; existiam verdades de ordem matemática (Nunes, 1986; Cabral, 2006; Rezende, 2003).
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