Respostas
Durante o longo do século XVII, a região do Sul começou a chamar a atenção dos colonizadores e gradativamente foi sendo povoada. Muitos padres jesuítas espanhóis se mudaram para com a missão de converter os índios. Através das missões jesuíticas, os padres tiveram um pequeno sucesso e formaram pequenos grupos de religiosos. A primeira residência dos padres foi em Imbituba. Em 1634, foi introduzido o gado nas missões, pois os padres temiam não conseguir alimento suficiente para os índios convertidos.
Não tardou muito para que os jesuítas, acuados pelos bandeirantes, optassem por levantar o acampamento, abandonar as terras e levar todos os índios catequizados, deixando para trás os que não se converteram a mercê dos bandeirantes que queriam escravizá-los. Com medo das grandes expedições promovidas pelos bandeirantes, tendo como lembrança a grande bandeira ocorrida naquele território entre os anos de 1628 e 1629, liderada por Antônio Raposo Tavares, que atacou 30 mil índios e escravizou 12 mil que nunca mais voltaram para as suas terras, a melhor alternativa para os jesuítas era fugir da grande exposição que passou a sofrer essa região devido a busca de trabalho escravo.
Em 1682, jesuítas espanhóis aproveitando que os bandeirantes estavam entretidos com a extração de ouro e pedras preciosas, fundaram a primeira cidade do Rio Grande do Sul: São Francisco de Borja, atualmente chamada a cidade de São Borja.
Quase oito anos depois, povoadores organizados deram origem a cidade de Porto Alegre, onde foram criadas várias estâncias (fazendas), que em 1780, eram pioneiras na produção de charque, sendo vendido para todo o país. Era utilizada a mão de obra escrava para a fabricação do produto.
Em 1824, vieram para a região os primeiros imigrantes alemães, sendo a maioria deles, lavradores que receberam um pequeno lote de terra ao longo do Vale dos Sinos e na encosta da Serra. Trabalhavam com o artesanato e pequenas indústrias, tendo como principal mercado, a cidade de Porto Alegre. Não era permitido para os imigrantes ter escravos.
Já os italianos chegaram em 1875 e ficaram com as terras menos acessíveis, assentaram então em Conde d’ Eu e D. Isabel. Dedicaram-se a vitivinicultura, extração de madeira e ao artesanato. É importante levar em consideração que a imigração impulsionou o crescimento econômico da região.
O Rio Grande do Sul desempenhou um papel importante durante a luta pela independência e quando a sua população entrou em conflito com o poder central, estoura a Revolta dos Farrapos, que durou de 1835 a 1845.