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Este livro representa um contributo importante para o estudo da pobreza e da exclusão social em Portugal. A sua publicação é mais que oportuna, pois, para além de vir preencher uma lacuna na produção de trabalhos científicos recentes sobre a temática, esta surge num contexto económico e social particularmente problemático, quer a nível mundial, com a generalização de uma série de crises associadas (financeira, energética, alimentar), quer à escala nacional, onde a questão das desigualdades sociais parece continuar a persistir com uma acutilância deveras preocupante. Aliás, uma das questões centrais que actualmente emergem não só no debate científico mas, sobretudo, no debate público mais alargado, é saber até que ponto existe uma relação interdependente entre a composição das situações mais recursivas de pobreza e a manutenção ou o incremento do nível das desigualdades na sociedade portuguesa. As ciências sociais deverão contribuir em parte para o esclarecimento deste debate que, por vezes, enviesa por discussões assentes em pré-noções construídas a partir de elementos marcadamente contingenciais e episódicos.
Em termos de estrutura formal, o livro organiza-se em duas partes distintas. A primeira corresponde a dois capítulos que desenvolvem um enquadramento teórico em torno das problemáticas da pobreza e da exclusão social. A segunda parte é composta por três capítulos empíricos, nos quais se analisam um conjunto de dados oriundos de diferentes fontes e inquéritos. No final, os autores apresentam um capítulo conclusivo que, para além de sistematizar os pontos essenciais da análise, avança com uma perspectiva crítica sobre os paradoxos da pobreza na sociedade portuguesa.
Os capítulos teóricos percorrem os conceitos fundamentais que habitualmente se abordam neste tipo de estudos. No primeiro, focam-se os conceitos de pobreza a partir de diversas concepções: o conceito absoluto de pobreza, o conceito relativo, a definição subjectiva, a pobreza persistente ou temporária, etc. Acaba-se por optar por uma noção de pobreza medida como uma situação de privação por falta de recursos. Apesar de relacionadas, estas duas dimensões (privação e falta de recursos) são distintas, quer na sua natureza quer na forma como poderão ser resolvidas. A privação pode ser solucionada, por exemplo, por intermédio de apoio monetário (subsídios, transferências sociais, etc.), mas esta via é considerada insuficiente para resolver a questão da falta de recursos, designadamente recursos que possibilitem alguma auto-suficiência.
Em termos de estrutura formal, o livro organiza-se em duas partes distintas. A primeira corresponde a dois capítulos que desenvolvem um enquadramento teórico em torno das problemáticas da pobreza e da exclusão social. A segunda parte é composta por três capítulos empíricos, nos quais se analisam um conjunto de dados oriundos de diferentes fontes e inquéritos. No final, os autores apresentam um capítulo conclusivo que, para além de sistematizar os pontos essenciais da análise, avança com uma perspectiva crítica sobre os paradoxos da pobreza na sociedade portuguesa.
Os capítulos teóricos percorrem os conceitos fundamentais que habitualmente se abordam neste tipo de estudos. No primeiro, focam-se os conceitos de pobreza a partir de diversas concepções: o conceito absoluto de pobreza, o conceito relativo, a definição subjectiva, a pobreza persistente ou temporária, etc. Acaba-se por optar por uma noção de pobreza medida como uma situação de privação por falta de recursos. Apesar de relacionadas, estas duas dimensões (privação e falta de recursos) são distintas, quer na sua natureza quer na forma como poderão ser resolvidas. A privação pode ser solucionada, por exemplo, por intermédio de apoio monetário (subsídios, transferências sociais, etc.), mas esta via é considerada insuficiente para resolver a questão da falta de recursos, designadamente recursos que possibilitem alguma auto-suficiência.
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