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Por seu "Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas", publicado em 1854 que teve enorme repercussão na Europa, no qual manifestava sentimento de repulsa à mestiçagem, atribuindo-lhe causas de degeneração moral da população, chegan, o conde de Gobineau, foi designado como ministro plenipotenciário de França perante a corte do Brasil, na embaixada do Rio de Janeiro, em 19 de junho de 1868. Ele tentou evitar esta nomeação, mas foi obrigado a aceitá-la. No final do século XIX, os intelectuais brasileiros, inspirados pela noção européia da desigualdade humana, viam a heterogeneidade racial como um obstáculo potencial à construção da identidade nacional. A maioria deles adotou a doutrina do embranquecimento como uma solução possível para remover esse tipo de entrave ao desenvolvimento do país. Eles propunham também a imigração caucasiana e desestimulavam fortemente a importação de trabalhadores asiáticos.
Entre outras pérolas de racismo, Gobineau incluem-se:
"Não creio que viemos dos macacos mas creio que vamos nessa direção";
“Todos os países da América, seja no norte, seja no sul, mostram hoje em dia de uma forma irrefutável que os mulatos de diferentes graus não se reproduzem além de um número limitado de gerações. A infecundidade não se encontra sempre nos casamentos; mas os produtos chegam gradualmente a ser de tal maneira perniciosos, tão pouco viáveis, que desaparecem, seja antes de ter dado à luz descendentes, seja deixando crianças que não podem sobreviver”
A partir de tais argumentos ele chegava até estimar que em menos de dois séculos a população brasileira desapareceria.
Dentro deste contexto, todas as opiniões convergiam com os interesses dos que impulsionavam a imigração européia. Não somente para fornecer trabalhadores para o cultivo do café, mas também para contribuir com o “melhoramento” dos componentes étnicos da população brasileira, ou seja, o seu branqueamento. O catálogo preparado para a Exposição Universal de Paris de 1889, sem dúvida alguma, expressão do pensamento da elite intelectual e do governo da época pós-abolição, confessava: “Vejamos de que maneira o Brasil tem procurado e procura ainda substituir os braços escravos, aos quais devia até hoje uma parte da sua produção... Porque não pode ser negado que a liberdade dada (aos escravos) teria provocado a decadência irremediável do país se o governo imperial não tivesse tomado certas medidas... consistentes no esforço constante para atrair para o Brasil a migração européia, à qual se recorreu para preencher, em parte, os vazios feitos pela emancipação dos pretos”.
Entre outras pérolas de racismo, Gobineau incluem-se:
"Não creio que viemos dos macacos mas creio que vamos nessa direção";
“Todos os países da América, seja no norte, seja no sul, mostram hoje em dia de uma forma irrefutável que os mulatos de diferentes graus não se reproduzem além de um número limitado de gerações. A infecundidade não se encontra sempre nos casamentos; mas os produtos chegam gradualmente a ser de tal maneira perniciosos, tão pouco viáveis, que desaparecem, seja antes de ter dado à luz descendentes, seja deixando crianças que não podem sobreviver”
A partir de tais argumentos ele chegava até estimar que em menos de dois séculos a população brasileira desapareceria.
Dentro deste contexto, todas as opiniões convergiam com os interesses dos que impulsionavam a imigração européia. Não somente para fornecer trabalhadores para o cultivo do café, mas também para contribuir com o “melhoramento” dos componentes étnicos da população brasileira, ou seja, o seu branqueamento. O catálogo preparado para a Exposição Universal de Paris de 1889, sem dúvida alguma, expressão do pensamento da elite intelectual e do governo da época pós-abolição, confessava: “Vejamos de que maneira o Brasil tem procurado e procura ainda substituir os braços escravos, aos quais devia até hoje uma parte da sua produção... Porque não pode ser negado que a liberdade dada (aos escravos) teria provocado a decadência irremediável do país se o governo imperial não tivesse tomado certas medidas... consistentes no esforço constante para atrair para o Brasil a migração européia, à qual se recorreu para preencher, em parte, os vazios feitos pela emancipação dos pretos”.
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