• Matéria: História
  • Autor: guilhermeolp378
  • Perguntado 8 anos atrás

Qual a diferença entre a situação das mulheres na sociedade acucareira e na mineradora?

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respondido por: larrissa23
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As primeiras mudas de cana-de-açúcar foram plantadas em 1553 na capitania de São Vicente. Foram trazidas pelos colonos que chegaram com Martim Afonso de Souza. Em pouco tempo o açúcar passou a ser a mais importante atividade comercial da colônia, superando o a extração de pau-brasil.
Dentre os principais motivos para a escolha do açúcar estão as favoráveis condições naturais (o clima e o solo propícios); a experiência adquirida pelos portugueses com sua produção na ilha da Madeira e nos Açores; e os altos preços que o açúcar atingia no mercado europeu, afinal, era considerado uma especiaria de luxo.
Engenho de cana-de-açúcar (Foto: reprodução)
UNIÃO IBÉRICAEm 1580, D. Henrique, rei de Portugal, morreu sem deixar herdeiros, o que gerou um intenso conflito pelo trono vago. Filipe II, rei espanhol, saiu-se vencedor após invadir Portugal, dando início ao período que ficou conhecido como União Ibérica (Espanha e Portugal localizavam-se na Península Ibérica) que durou até 1640.
A administração do Brasil permaneceu praticamente intacta, mas a independência da Holanda em 1581, que pertencia aos domínios espanhóis, trouxe sérias consequências para o país. Em represália, Filipe II decretou o Embargo Espanhol proibindo todas as suas colônias de negociar com os holandeses. Essa decisão afetou diretamente a produção açucareira, já que brasileiros e holandeses eram parceiros, os primeiros responsáveis pela produção, os últimos controlando o transporte, o refino e o comércio.
Para tentar reverter a situação, os holandeses fundaram, em 1621, a Companhia das Índias Ocidentais e organizaram a ocupação do nordeste brasileiro. Sua primeira incursão foi contra Salvador (BA) em 1624, mas fracassou graças à aliança de forças luso-brasileiras, espanholas e indígenas. Em 1628, para reaver o prejuízo da derrota, os holandeses assaltaram uma frota de navios espanhóis carregados de metais preciosos. Capitalizados, realizaram um novo ataque, dessa vez contra a capitania mais lucrativa da época, Pernambuco.
Após 5 anos de luta, os holandeses enviaram Maurício de Nassau, em 1637, para pacificar e governar o Brasil Holandês. Entre as principais características de seu governo podemos destacar o impulso econômico com a concessão de empréstimos aos senhores de engenho; a tolerância religiosa, mesmo com o incentivo e a expansão do calvinismo, declarado religião oficial na nova terra holandesa; a urbanização de Recife e a promoção da vida cultural, principalmente com a Missão Artística Holandesa. Desentendimentos entre Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais levaram ao retorno do administrador à Holanda em 1644.
A saída de Nassau, a pressão da Cia das Índias Ocidentais por lucro e os esforços portugueses para recuperar suas terras – Portugal reconquistou sua independência em 1640 e passou a retomar o domínio de suas antigas possessões – formaram as condições necessárias para a Insurreição Pernambucana. Várias batalhas foram travadas entre 1645 e 1654 e culminaram com a rendição holandesa após a assinatura de vários acordos. O derradeiro, em 1699, acertou a retomada dos domínios portugueses no Nordeste brasileiro e na África mediante um pagamento de 63 toneladas de ouro.
Os 60 anos da União Ibérica provocaram uma crise econômica em Portugal. Diante dessa situação vários tratados foram assinados entre Portugal e Inglaterra, mas o que merece maior destaque é o Tratado de Methuen (também conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos) assinado em 1703 e pelo qual Portugal se comprometia a adquirir tecidos ingleses e, em contrapartida, os ingleses comprariam vinhos portugueses. 
Outro fator gerador da crise foi a concorrência do açúcar antilhano. Os holandeses, após sua expulsão do Brasil, foram produzir açúcar em suas colônias nas Antilhas. Isso fez o preço do açúcar brasileiro ter uma queda de 50% nos mercados internacionais. Essa crise levou a um conflito em Pernambuco entre senhores de engenho e comerciantes, conhecido como Guerra dos Mascates.

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