• Matéria: Filosofia
  • Autor: sarahbm14
  • Perguntado 8 anos atrás

No mito da caverna de Platão Por que os outros prisioneiros ridicularizaram o prisioneiro fugitivo ?

Respostas

respondido por: JULIANASCHIMTIZ
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O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das ideias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética,. O que é a visão do mundo real iluminado? A filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembleia ateniense?) Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro. 

CHAUI, Marilena. Convite a filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1999. p. 41 

Com esta história Platão quer mostrar para todos nós que devemos aprender a raciocinar por nós mesmos, e não pensar apenas sobre o que querem que pensemos, e que é preciso aprender a ver não só o que as pessoas que tem o poder nos mostram, mas ver além das coisas concretas. Os homens que não queriam sair da caverna, somos nós que não estamos dispostos a pensar, porque já estamos acomodados a esta vida medíocre que levamos, acostumados a ver somente o que os donos do poder nos mostram e acreditando que somente aquilo é verdadeiro que somente eles estão certos, e que nós não precisamos pensar porque já tem que o faça por nós. Então somos convidados a sair da caverna para ver a realidade e deixarmos de ser submissos a estes tais donos do poder. Agora só depende de cada um para acordar para esta realidade e aprendermos a pensar, não sobre o que querem que pensemos e sim que descubramos o verdadeiro mundo que existe e nós não conhecemos. 

Gustavo Baptista Soares - Colégio Santa Isabel -1°A . Setembro de 2004 

Platão referia-se aos seus contemporâneos, com suas crenças e superstições. O filósofo era qual um fugitivo capaz de fugir das amarras que prendem o homem comum às suas falsas crenças e, partindo na busca da verdade, consegue apreender um mundo mais amplo. Ao falar destas verdades para os homens afeitos às suas impressões, não seria compreendido e seria como tomado por mentiroso, um corruptor da ordem vigente. 

O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade. 

Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo ilusório das coisas sensíveis, no grau da apreensão de imagens (eikasia), as quais são mutáveis, corruptiveis, não são funcionais e, por isso, não são objetos de conhecimento. 
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