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O jogador, ao revolucionar o papel da defesa nos campos brasileiros,
entrou definitivamente para hall dos grandes jogadores do mundo. Logo
nas primeiras páginas do livro, são os colegas e amigos do esporte quem
homenageiam o lateral-esquerdo em uma sequência de depoimentos. Segundo
Bellini, capitão da Seleção Brasileira em 1958, Santos foi "um dos
maiores laterais-esquerdo do mundo, senão o melhor". Já Gérson, o
Canhotinha de Ouro, destaca o papel do amigo e mestre, com quem jogou
pelo Botafogo. O domínio completo do ofício levou o zagueiro a ser
conhecido como a "enciclopédia do futebol". Não é para menos, o
lateral-esquerdo foi o que se pode chamar de um jogador completo. Ou
como definiu o jornalista Armando Nogueira, que assina o prefácio da
edição, Santos "driblava bem, passava melhor ainda". E o segredo, como o
próprio lateral-esquerdo veio a confessar posteriormente, era ser amigo
de infância da bola. Recordista de partidas pelo Botafogo (foram 718
jogos disputados entre 1949 e 65), Nilton Santos dedica boa parte do
livro para rememorar a trajetória pelo Alvinegro. Recorda os personagens
folclóricos – como Ximbica, Neném Prancha, Anísio Babão e Arrepiado –
os principais treinadores, entre eles João Saldanha e Gentil Cardoso, e
os maiores atletas que viu jogar. Ao companheiro de time e amigo
pessoal, Mané Garrincha, Santos dedica um capítulo à parte, em que
enaltece a genialidade do ponta-direita mais célebre da história,
expoente do futebol-arte, como também aborda o problema com o
alcoolismo, responsável por sua morte precoce. A proximidade com o
craque dentro e fora dos campos permitiu a Nilton Santos ter acesso
privilegiado ao drama de Garrincha. E esse é o tom que prevalece no
livro, como no trecho em que descreve o sentimento com a perda do
jogador: "Assim era o Garrincha; ingênuo, uma criança sem maldade. E
assim ele se foi, mas continuará sempre para nós, os fãs, 'a Alegria do
Povo'. O zagueiro foi testemunha da profissionalização do esporte no
Brasil e viu a seleção ganhar notoriedade internacional até se tornar o
principal símbolo de projeção do país. Mas não sem antes amargar as
derrotas em 1950, jogando no Brasil, e em 1954, na Suíça. O jogador
recorda, por exemplo, a tragédia na final da Copa de 1950 contra o
Uruguai no Maracanã e a define como um mal que veio para o bem. A
vitória inédita em um mundial só viria na Suécia em 1958, ano-chave para
o que denomina o início do período de ouro do futebol brasileiro. E que
voltaria a se repetir em 1962. Santos jogou pela seleção nas quatro
ocasiões. Criado nas peladas da Ilha do Governador, Rio de Janeiro, o
jogador soube como poucos afastar o perigo da pequena área. Começou a
jogar como ponta-esquerda. O encontro com Carlito Rocha, o bruxo
alvinegro, definiu a mudança para a zaga no time carioca; e foi místico
do futebol botafoguense quem profetizou: "na defesa, você será campeão
carioca, campeão do mundo". A história veio para confirmar a profecia.
Autobiografia do melhor lateral-esquerda de todos os tempos repassa a
carreira do jogador no Botafogo e as partidas pela Seleção. No país do
futebol, os atacantes são as estrelas, mas foi Nilton Santos quem
brilhou na defesa e inverteu os holofotes. Eleito em 2000 pela FIFA o
melhor lateral-esquerdo de todos os tempos, o zagueiro repassou na
autobiografia Minha bola, minha vida as lendárias campanhas pelo
Botafogo, a parceria dentro e fora dos campos com Garrincha, as quatro
Copas do Mundo disputadas e, claro, o bicampeonato (1958, na Suécia, e
1962, no Chile). Morto em novembro de 2013, o livro acaba de ganhar uma
2ª edição atualizada pela Gryphus Editora.
ezequielap25:
CORRIGI É MELHOR ESSE AÍ EM CIMA
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