Respostas
Na última quinta-feira, (24) os vereadores Nei Haveroth (PSL), Jorge Menegatti (PSC) e Rui Capelão (PPS), membros da Comissão de Segurança Pública e Trânsito, coordenaram a audiência pública que tinha como tema “Políticas Públicas no Combate a Violência Juvenil”.
Com o plenário lotado, e uma mesa composta por autoridades com notável conhecimento sobre o tema, várias sugestões foram dadas para combater a violência juvenil. Os participantes reforçaram a ideia de que é necessário um esforço conjunto da sociedade e diversas atividades e políticas de aplicação multidisciplinar para melhorar os índices de violência que atingem os jovens. Dentre as medidas propostas, estão, por exemplo, manter as escolas abertas no final de semana, trabalho em rede para o acompanhamento de alunos evadidos da escola, educação em período integral, mais programas de recuperação para usuários de drogas, aumento do efetivo da Patrulha Escolar, fortalecimento do PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) e incentivo à prática de esportes e atividades culturais.
O pedido para que a Câmara organizasse o debate foi feito por entidades representantes da comunidade da região norte, tais como Pastoral do Menor, APP (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná), entidades religiosas e Conselho da Juventude. A necessidade da discussão se dá pelo alto índice de violência juvenil no município e também pelo imperativo de políticas públicas voltadas para a proteção do jovem, um pedido importante da comunidade.
Durante sua conferência, o reverendo Luis Carlos Gabas, da Igreja Anglicana em Cascavel, apresentou dados que mostram que até o momento, em 2013, foram 86 mortes por assassinato e 117 tentativas de homicídio. Do total de pessoas assassinadas, o reverendo estima que 80% a 85% sejam jovens. Por região do município, têm-se as seguintes estatísticas: Região Norte, 53 mortes – 35,10 do total, Região Leste, 33 mortes – 21,55 %, Região Sul, 20 mortes – 13,24%, Região Oeste, 29 mortes – 19,20%, distritos, quatro mortes e zona rural, uma morte.
Em 2012, foram 170 mortes por assassinato na cidade, 29% a mais do que os números registrados em 2011. Sobre as estatísticas, Luis Carlos afirmou, “estes dados não podem nos deixar indiferentes. Diante de todas as formas de violência, precisamos nos posicionar, não é só com polícia que vamos resolver o problema, mas sim com política – com políticas públicas que envolvam todos os segmentos da sociedade”.
Para Paulino Pereira, professor e representante da APP Sindicato, “além de escola de qualidade, casa e comida, o jovem quer esporte, lazer e cultura. O jovem que tem seu tempo ocupado com atividades esportivas e culturais não quer e nem tem tempo de sobra para envolver-se com o crime”, ressaltou o professor.
Estiveram presentes ainda na audiência, representantes do Ministério Público (Promotoria da Vara da Infância e Juventude), Conselho da Juventude, Polícia Militar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Secretaria Municipal Antidrogas, Guarda Patrimonial, Conselho Tutelar, Núcleo Regional de Educação, além dos vereadores Pedro Martendal (PSDB), Paulo Porto (PCdoB), Claudio Gaiteiro (PSL), pastores, alunos e diretores dos colégios da região norte de Cascavel e comunidade em geral.
Regina Krauss/Assessoria de Imprensa/CMC
Legenda: plenário esteve lotado durante a audiência, que se estendeu por cerca de 4 horas
Foto: Assessoria Nei Haveroth
Publicado emNotíciasvoltar ao topo