Respostas
Assim como o café, o chá movimentou muitas nações mundo afora – no Brasil, existe até um viaduto em homenagem a bebida. Mas você sabe dizer o que ela tem a ver com a independência dos Estados Unidos da América? A resposta é simples: tudo! Em 1770, o país ainda era uma colônia inglesa e as ervas da Camellia sinensis tiveram um papel importante na reversão deste quadro.
Na época, os EUA eram apenas 13
colônias sob o domínio da Inglaterra e as relações com eles não eram das melhores. Conforme cita Cristina Ruiz no livro O chá, a coroa inglesa resolveu piorar um pouco mais as coisas ao criar a chamada Lei do Chá – que, assim como as leis do Açúcar e do Selo, culminou com uma grande alta nos impostos sobre as ervas.
Não bastando, a única autorizada a comercializar o chá por lá era a Companhia das Índias Orientais. Além de vender um produto de pior qualidade, o grupo ainda tirava das mãos dos próprios comerciantes locais o poder de lucrar com esta venda.
As medidas inglesas, somadas com a insatisfação da população com a coroa, desencadearam uma série de revoltas por todo o território. Um dos mentores destes protestos era o famoso John Hancock, que junto de dezenas de comerciantes e contrabandistas de chá protagonizou a chamada “Festa do Chá de Boston”.
Hancock e os outros revoltosos se pintaram como índios “pele-vermelha”, nativos do país, e resolveram invadir todos os navios da Companhia das Índias Orientais com um objetivo: destruir todo o carregamento de chá dentro das águas geladas do porto de Boston.
Mesmo que de forma indireta, este ato marcou a chamada Revolução Americana, que mais tarde conseguiu com que a Declaração da Independência dos Estados Unidos fosse assinada em 4 de julho de 1776 – um marco da nova fase livre do país.
Quem diria que o chá tivesse papel tão importante na história da terra do Tio Sam