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A Batalha das Ardenas, que ficou marcada como a grande contraofensiva alemã, entrou para a história como um dos maiores enfrentamentos da Segunda Guerra Mundial. O embate na Bélgica, França e Luxemburgo reuniu o que Hitler tinha de mais poderoso: 300 mil soldados, 1800 tanques e 2400 aviões. Para muitos, a batalha seria uma resposta desesperada ao desembarque dos Aliados na Normandia, quando a Guerra estava, teoricamente, perdida para os alemães. Porém, o historiador sueco Christer Bergstrom defende que a ofensiva nunca esteve condenada ao fracasso e que poderia ser considerada uma ideia “magistral” de Hitler. O autor, em seu mais novo livro, vai além, e acredita que os verdadeiros vencedores da batalha foram os…. soviéticos!
No 70º aniversário da Batalha, o historiador lançou um relato detalhado e monumental: “The Ardennes, 1944-1945: Hitler's Winter Offensive”. De acordo com seu livro, Bergstrom defende que o exército alemão estava motivado, bem equipado e com comando altamente eficiente. Ou seja, o historiador defende que Hitler possuía verdadeiras chances de sucesso a batalha. O confronto teve inicio em 16 de dezembro de 1944, quando os Aliados foram surpreendidos pela contraofensiva alemã.
Mas, se os alemães eram superiores, por que perderam a batalha? O historiador destaca que isso foi por conta do corte de suprimentos dos alemães pela aviação Aliada e porque as SS, menos eficientes do que o exército regular, a Wehrmacht, foram incubidas de atingir objetivos mais importantes.
Para Bergstrom, bastaria um reposicionamento da aviação de elite alemã, enviada à frente do Leste, no Oeste. Segundo suas pesquisas, o melhor da aviação alemã estava no Leste, enquanto os menos experientes ficaram no outro lado. Caso essa troca tivesse ocorrido, os Aliados não venceriam nos céus e não teriam como cortar o abastecimento alemão. A partir daí, seriam 50% de chances para cada lado, calcula Bergstrom.
E onde entra a vitória soviética? No ponto de vista do escritor, a ofensiva alemã em Ardenas enfraqueceu os Aliados ocidentais em todos os aspectos, tanto material como psicológico. Desta maneira, o caminho foi aberto para a União Soviética capturar Berlim. No entanto, uma vitória na Batalha das Ardenas representaria um desfecho trágico ao povo alemão: o país teria sofrido o ataque das bombas atômicas, em vez de Hiroshima e Nagasaki, no Japão. As bombas seriam jogadas contra a Alemanha, como o plano original acredita Bergstrom.