(ENEM 2009, adaptado) Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua? O nome da sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaço de índio dentro de vocês. Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos, como pessoas que nem precisam de paternalismos, nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós não queremos tomar o Brasil de vocês, nós queremos compartilhar esse Brasil com vocês.
(Fonte: TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. Rio de Janeiro: Garamond, 2000).
Na situação comunicativa apresentada no texto, na qual um indígena fala em nome de sua comunidade, a norma padrão da língua portuguesa empregada possui a finalidade de:
A.
Demonstrar a clareza e a complexidade da nossa língua materna.
B.
Situar os dois lados da interlocução em posições simétricas.
C.
Comprovar a importância da correção gramatical nos diálogos cotidianos.
D.
Mostrar como as línguas indígenas foram incorporadas à língua portuguesa.
E.
Ressaltar a importância do código linguístico que adotamos como língua nacional.
Respostas
respondido por:
35
Alternativa correta:
B. Situar os dois lados da interlocução em posições simétricas
Espero ter ajudado
B. Situar os dois lados da interlocução em posições simétricas
Espero ter ajudado
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