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No primitivo calendário romano, o ano tinha 304 dias distribuídos por 10 meses. Os 4 primeiros tinham nomes próprios dedicados aos deuses da mitologia romana e provinham de tempos mais remotos, em que, provavelmente, se aplicaram às 4 estações; os 6 restantes eram designados por números ordinais, indicativos da ordem que ocupavam no calendário, segundo o esquema:
1.ºMartius31 dias, dedicado a Marte2.ºAprilis30 dias, dedicado a Apolo3.ºMaius (maior)31 dias, dedicado a Júpiter4.ºJunius30 dias, dedicado a Juno5.ºQuintilis31 dias (n.º ordinal)6.ºSextilis30 dias7.ºSeptember30 dias8.ºOctober31 dias9.ºNovember30 dias10.ºDecember30 dias
Como se depreende, tratava-se dum calendário sem qualquer base astronómica, pois os períodos nele definidos não tinham qualquer relação com os movimentos do Sol ou da Lua. Por isso, no tempo de Rómulo já foram introduzidas algumas intercalações por forma a harmonizar o calendário vigente com os citados períodos astronómicos.
O calendário de Rómulo foi reformulado por Numa Pompílio, o qual, seguindo o exemplo dos gregos, estabeleceu o ano de 12 meses, mas introduzindo em primeiro lugar o mês de Januarius, dedicado a Jano, e em último lugar o mês de Februarius, dedicado a Februa, ao qual os romanos ofereciam sacrifícios para expiar as suas faltas de todo o ano. Este foi o motivo por que o mês de Februarius foi colocado no fim. Mas Numa modificou também a duração dos meses, deixando o calendário do seguinte modo:
1.ºJanuarius29 dias2.ºMartius31 dias3.ºAprilis29 dias4.ºMaius31 dias5.ºJunius29 dias6.ºQuintilis31 dias7.ºSextilis29 dias8.ºSeptember29 dias9.ºOctober31 dias10.ºNovember29 dias11.ºDecember29 dias12.ºFebruarius27 dias TOTAL354 dias
Consequentemente, o ano tinha 354 dias (ano lunar dos gregos). Mas esta estranha distribuição dos dias pelos meses era devida à superstição dos romanos que tomavam por nefastos os números pares. Pela mesma razão, consideraram nefasto o ano de 354 dias e aumentaram-no para 355 dias, atribuindo o dia excedente a Februarius, que passou a ter 28 dias.
Entretanto, os romanos sentiram também a necessidade de coordenar o seu ano lunar com o ciclo das estações e seguindo, de certo modo, o exemplo dos gregos, estabeleceram um rudimentar sistema luni-solar, introduzindo no seu calendário, de dois em dois anos, um novo mês: Mercedonius, assim chamado por estas intercalações serem feitas na época em que os senhores outorgavam as suas mercês aos escravos (uma espécie de gratificações voluntárias pelos serviços prestados).
O Mercedonius, cuja duração alternava de 22 ou 23 dias, intercalava-se entre 23 e 24 de Februarius, que se interrompia, completando-se depois da mesma. O ano assim formado tinha, em média, 366,25 dias, portanto mais um dia do que o ciclo das estações. Foram estabelecidos várias normas para atender a esse aspecto que na prática não resultaram, pois as intercalações passaram a ser feitas de acordo com interesses particulares ou políticos: os pontífices alongavam ou encurtavam o ano conforme os seus amigos estavam ou não no poder. A desordem atingiu tal ponto que o começo do ano já estava adiantado de três meses em relação ao ciclo das estações.
1.ºMartius31 dias, dedicado a Marte2.ºAprilis30 dias, dedicado a Apolo3.ºMaius (maior)31 dias, dedicado a Júpiter4.ºJunius30 dias, dedicado a Juno5.ºQuintilis31 dias (n.º ordinal)6.ºSextilis30 dias7.ºSeptember30 dias8.ºOctober31 dias9.ºNovember30 dias10.ºDecember30 dias
Como se depreende, tratava-se dum calendário sem qualquer base astronómica, pois os períodos nele definidos não tinham qualquer relação com os movimentos do Sol ou da Lua. Por isso, no tempo de Rómulo já foram introduzidas algumas intercalações por forma a harmonizar o calendário vigente com os citados períodos astronómicos.
O calendário de Rómulo foi reformulado por Numa Pompílio, o qual, seguindo o exemplo dos gregos, estabeleceu o ano de 12 meses, mas introduzindo em primeiro lugar o mês de Januarius, dedicado a Jano, e em último lugar o mês de Februarius, dedicado a Februa, ao qual os romanos ofereciam sacrifícios para expiar as suas faltas de todo o ano. Este foi o motivo por que o mês de Februarius foi colocado no fim. Mas Numa modificou também a duração dos meses, deixando o calendário do seguinte modo:
1.ºJanuarius29 dias2.ºMartius31 dias3.ºAprilis29 dias4.ºMaius31 dias5.ºJunius29 dias6.ºQuintilis31 dias7.ºSextilis29 dias8.ºSeptember29 dias9.ºOctober31 dias10.ºNovember29 dias11.ºDecember29 dias12.ºFebruarius27 dias TOTAL354 dias
Consequentemente, o ano tinha 354 dias (ano lunar dos gregos). Mas esta estranha distribuição dos dias pelos meses era devida à superstição dos romanos que tomavam por nefastos os números pares. Pela mesma razão, consideraram nefasto o ano de 354 dias e aumentaram-no para 355 dias, atribuindo o dia excedente a Februarius, que passou a ter 28 dias.
Entretanto, os romanos sentiram também a necessidade de coordenar o seu ano lunar com o ciclo das estações e seguindo, de certo modo, o exemplo dos gregos, estabeleceram um rudimentar sistema luni-solar, introduzindo no seu calendário, de dois em dois anos, um novo mês: Mercedonius, assim chamado por estas intercalações serem feitas na época em que os senhores outorgavam as suas mercês aos escravos (uma espécie de gratificações voluntárias pelos serviços prestados).
O Mercedonius, cuja duração alternava de 22 ou 23 dias, intercalava-se entre 23 e 24 de Februarius, que se interrompia, completando-se depois da mesma. O ano assim formado tinha, em média, 366,25 dias, portanto mais um dia do que o ciclo das estações. Foram estabelecidos várias normas para atender a esse aspecto que na prática não resultaram, pois as intercalações passaram a ser feitas de acordo com interesses particulares ou políticos: os pontífices alongavam ou encurtavam o ano conforme os seus amigos estavam ou não no poder. A desordem atingiu tal ponto que o começo do ano já estava adiantado de três meses em relação ao ciclo das estações.
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