• Matéria: Português
  • Autor: nataliavaizza
  • Perguntado 9 anos atrás

(Geekie ­ 2013)

Leia a fábula original de La Fontaine A cigarra e a formiga. Depois, compare­a com a recriação de José Paulo Paes.

A Cigarra e a Formiga

A cigarra, sem pensar em guardar,
a cantar passou o verão.
Eis que chega o inverno, e então,
sem provisão na despensa,
como saída, ela pensa
em recorrer a uma amiga: sua vizinha, a formiga,
pedindo a ela, emprestado,
algum grão, qualquer bocado,até o bom tempo voltar.“Antes de agosto chegar,pode estar certa a senhora:pago com juros, sem mora.”Obsequiosa, certamente,
a formiga não seria.
“Que fizeste até outro dia?”
perguntou à imprevidente.“Eu cantava, sim, Senhora,noite e dia, sem tristeza.”“Tu cantavas? Que beleza!
Muito bem: pois dança agora...”
La FontaineSem Barra

Enquanto a formiga 
Carrega comida 
Para o formigueiro, 
A cigarra canta, 
Canta o dia inteiro.
A formiga é só trabalho. 
A cigarra é só cantiga.
Mas sem a cantiga 
da cigarra
que distrai da fadiga, 
seria uma barra
o trabalho da formiga
José Paulo Paes

Textos podem dialogar entre si, em processo de intertextualidade que pode revelar continuidade ou ruptura na abordagem temática.

O poema de José Paulo Paes é criado a partir da fábula original de La Fontaine e pretende

Respostas

respondido por: karyellegama02
9
O autor pretende 'elevar' o papel da cigarra. Defendendo o seu papel ( o de cantar ) sem o qual a formiga não trabalharia tão bem ; já que ouvir a cigarra cantar, fez o seu trabalho ser mais agradável.
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