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É denominado Império Espanhol o conjunto de territórios conquistados, herdados e reclamados pela Espanha ou pelas dinastias reinantes na Espanha, entre os séculos XVI e XX, abrangendo países agora independentes na Europa, Américas, África, Ásia e Oceania; ainda que em alguns deles, tais como as grandes pradarias da América do Norte ou a mais ao sul da América do Sul, a presença estável espanhola foi muitas vezes mais teórica que real. Alcançou os 27 milhões de quilômetros quadrados ao final do século XVIII. Durante os séculos XVI e XVII criou-se uma estrutura própria não sendo chamado de império colonial até o ano de 1768,[1] sendo no século XIX quando adquire estrutura puramente colonial.
Não existe uma postura unânime entre os historiadores sobre os territórios concretos possuídos pela Espanha porque, em ocasiões, fica difícil delimitar se determinado lugar era parte da Espanha ou formava parte das possessões do rei da Espanha, especialmente em uma época em que não estava clara a diferença entre as possessões do rei e as do país aonde residia, como tampouco a herança e finanças. Assim, tradicionalmente se consideram os Países Baixos como parte do mesmo (tese majoritária na Espanha e nos Países Baixos entre outros); mas existem autores como Henry Kamen que proclamam que esses territórios nunca se integraram ao Império Espanhol, e sim nas posses pessoais dos Áustrias.[2]
Os espanhóis começaram as suas explorações pelo ocidente, com a descoberta das Índias Ocidentais por Cristóvão Colombo, em 1492 e iniciaram imediatamente a colonização forçada do continente americano. Em meados do século XVI, a Espanha controlava quase toda a zona costeira das Américas, desde o Alasca à Patagônia, no ocidente, e desde o atual estado estadunidense da Geórgia, toda a América Central e o Caribe até a Argentina – com excepção do Brasil, pertencente a Portugal (ver Tratado de Tordesilhas).