O trecho a seguir é uma reportagem sobre um evento realizado nos Estados Unidos, em que uma designer de jogos digitais ensina a pensar o futuro. Futurista ensina como imaginar o que vai acontecer em 10 anos Futurista ensina a criar cenários e convoca participantes do SXSWEdu, nos EUA, a participarem de um jogo para construir o futuro do aprendizado Tatiana Klix, 10 de março de 2016 Você gostaria de inventar o futuro? Essa é uma das ocupações da escritora e designer de games Jane McGonigal, diretora de pesquisa e desenvolvimento de jogos do Institute for the Future. Em palestra no SXSWEdu, em Austin (EUA), a futurista compartilhou sua técnica para enxergar cenários e fez a plateia participar de um jogo para imaginar um futuro no qual aprender é acessível, está conectado às paixões das pessoas e com suas atividades profissionais. A primeira lição dada por McGonigal na manhã chuvosa de quarta-feira, em que era possível ouvir trovões dentro da sala da conferência, é que um “futurista não prevê o futuro, ele faz o futuro”. Função audaciosa? Sim, mas segundo a designer de jogos é também necessária, porque pensar sobre o futuro prepara as pessoas para serem mais criativas e inovadoras no presente. “Se você prevê o futuro, fica preso a ele, mesmo que não queira que ele aconteça. Para criar algo novo, você tem que ser capaz de imaginar como as coisas podem ser diferentes”, recomendou. (...) Para imaginar esse futuro, os presentes passaram por quatro etapas do trabalho de um futurista. Tudo começa com a “coleta de sinais que vem do futuro”. Segundo McGonigal, esses fenômenos são ideias ou práticas que chamam atenção, que parecem estranhas ou difíceis de entender, mas que provocam imaginação. “Em algum lugar já tem alguém fazendo coisas que serão comuns em cinco ou dez anos. Como futuristas, coletamos esses sinais”, diz. No futuro imaginado para o aprendizado, os primeiros sinais vieram da necessidade de os jovens trabalharem e estudarem ao mesmo tempo e da invenção da moeda Bitcoin, que é descentralizada e sem dono. A futurista também propõe perguntas que devem ser feitas em relação a esses sinais: “Que tipo de mudança os sinais representam”? “O que está levando a essa mudança”? “Como o mundo seria se esses sinais se espalharem”? E, mais importante, “Esse é o futuro que queremos”? Ou, adaptando para o exemplo trabalhado: “Se aprender fosse uma moeda, que contratos criaria para trocar aprendizado”? “Poderíamos ser pagos para aprender”? “Se os créditos fossem abertos, você se formaria”? A segunda etapa é a de combinar sinais em diferentes cenários. Neste caso, alguns sinais agrupados foram a exigência do mercado de trabalho para que seus funcionários continuem aprendendo e fazendo cursos ao longo da vida, o fato de que muitos jovens estão questionando o custo e a validade dos diplomas universitários e o surgimento de novos tipos de credenciais, como MOOCs (Cursos Abertos On-line Massivos, em português). Uma vez identificados diferentes cenários, é preciso atuar dentro deles. “Qual o meu papel no futuro”? Esse exercício é realizado imaginando um prazo de 10 anos, período considerado curto o suficiente para que os sinais já estejam ocorrendo no presente, mas longo o bastante para que coisas diferentes aconteçam. “Alem disso, você consegue se imaginar 10 anos mais velho. Pesquisas comprovam que não conseguimos pensar em nós mesmos para além de 10 anos”, disse McGonigal. Por último, é preciso brincar com o futuro imaginado. Em tempo real, os participantes foram convidados a postarem direto na plataforma do Learning is Earning 2026 ou através do Twitter quais aspectos dos cenários imaginados acharam interessantes, quais os preocuparam, e que profissão teriam nesse futuro. Essa etapa proporciona a construção de uma gama variada de pontos de vista em relação ao futuro. Fonte: KLIX, Tatiana. Futurista ensina como imaginar o que vai acontecer em 10 anos. 2016. Disponível em: . Acesso em: 23 dez. 2016. Segundo a futurista, o papel do aprendizado no futuro dependerá: I) Da capacidade de imaginar como as coisas podem ser diferentes e que papel se pode desempenhar nesse novo mundo. II) De aguardar o tempo certo que o futuro aconteça para cada ação e, após esse período, utilizar o material para analisar as tendências. III) De que os jovens leiam mais e depois de finalizar os estudos, coloquem em prática os ensinamentos, mantendo uma linha clara entre aprendizagem e prática. IV) Da memória de ideias do passado que possam ser retomadas e colocadas em prática no futuro, pois o futuro é baseado na evolução do que já é existente. É correto o que se diz em:
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I) Da capacidade de imaginar como as coisas podem ser diferentes e que papel se pode desempenhar nesse novo mundo.
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