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A Greve Geral de 1917 é o nome pela qual ficou conhecida a paralisação geral da indústria e do comércio do Brasil, em Julho de 1917, como resultado da constituição de organizações operárias de inspiração anarcosindicalista aliada à imprensa libertária. Esta mobilização operária foi uma das mais abrangentes e longas da história do Brasil. O movimento operário mostrou como suas organizações (Sindicatos e Federações) podiam lutar e defender seus direitos de forma descentralizada e livre, mas de forte impacto na sociedade. Esta greve mostrou não só a capacidade de organização dos trabalhadores, mas também que uma greve geral era possível.
A industrialização fez surgir no Brasil um novo perfil social : O operário fabril. O movimento operário começou a surgir ainda no final do século XIX, mas foi com a industrialização provocada pela Primeira Guerra em nosso país que ele rapidamente se transformou em uma das principais forças políticas de sua época. Ele já em 1917, pode ser visto como um dos maiores movimentos operários do mundo.
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Um breve histórico da tentativa de revolução no Brasil em 1918. A rebelião fracassou quando as forças de segurança intervieram e o exército não se juntou aos trabalhadores.
1917-1918: A revolta anarquista brasileira
As oficinas estavam doentes. A jornada de trabalho era de cerca de 14 horas. Não havia férias remuneradas. Foi ruim para todos, mas as mulheres e as crianças sofreram ainda mais. Eles trabalhavam muito e recebiam menos que os homens. Acrescente a isso a guerra na Europa, a falta de prateleiras e a fome desenfreada.
A primeira fábrica parou a Crespi, como era conhecido o Cotonifício Rodolfo Crespi, uma das maiores indústrias têxteis de São Paulo. Inaugurado em 1897 e localizado próximo à Hospedaria dos Imigrantes, primeira parada dos estrangeiros que vinham à cidade em busca de uma vida melhor. Aproximadamente 75% dos funcionários da Crespi eram de origem italiana.
Em junho de 1917, os trabalhadores têxteis exigiam um aumento salarial de 20% e melhores condições de trabalho. Eles não são. Isso desencadeou a primeira greve geral em São Paulo. Alguns dias depois, a Antártida parou. A greve depois se espalhou amplamente, inspirada no socialismo e anarquismo difundidos por ativistas como o jornalista Edgard Leuenroth.
Leuenroth, que foi chamado de autor "psico-intelectual" da greve policial, aproveitou o momento: . A polícia agiu. Começaram os confrontos com o público. Os confrontos resultaram em baixas de ambos os lados."
Uma das vítimas foi o sapateiro José Martinez, um combatente anarquista espanhol de 21 anos, morto durante uma manifestação em frente à fábrica têxtil Mariângela, no Brás. Estima-se que mais de dez mil pessoas acompanharam seu funeral pelas ruas de São Paulo até o Cemitério de Araxá, onde oradores apaixonados se revezam no túmulo.
Por mais de um mês, as fábricas e o comércio ficaram paralisados. O saque começou quando um carrinho de pão foi roubado na Rua Rangel Pestana, também no Brás. Demorou, mas o então recém-formado Comitê de Defesa do Proletariado conseguiu negociar o fim da greve por meio de um grupo de jornalistas.
Eles ganharam um aumento geral de 20% nos salários, o direito de se organizar e a demissão dos grevistas, mas na prática a greve de 1917 foi apenas o começo de lutas mais amplas. Relativamente ao trabalho infantil, o governo apenas prometeu intervir "para que sejam estudadas e votadas medidas de protecção dos trabalhadores menores de idade e das mulheres no trabalho nocturno".
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