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A posse do governo provisório de Lênin em novembro de 1917, com o apoio do Conselho dos Comissários do Povo e dos Sovietes, colocou os bolcheviques no poder na primeira grande experiência socialista do planeta. Apoiado por alguns de seus principais aliados na guerra contra o czarismo e o menchevismo, como Leon Trotsky (relações exteriores) e Joseph Stalin (Nacionalidades), Lênin tinha ainda que se confrontar com uma iminente guerra civil entre os burgueses e os seus comandados.
Kerensky, que havia liderado o governo menchevique (os socialistas moderados) e que buscara apoio entre os burgueses para efetivar uma transição lenta e gradual para uma nova ordem sócio-política, havia conseguido escapar e arregimentou tropas leais no norte do país. Apesar disso, as vitórias bolcheviques ampliavam o território sob o comando dos revolucionários com conquistas na Rússia central e na Sibéria.
As forças lideradas pelos antigos donos do poder não desistiam e, em janeiro de 1918 organizavam novas milícias que atingiam inicialmente um contingente de aproximadamente três mil homens. O ingresso de mais pessoas relacionadas aos interesses da burguesia levou a formação do Exército Branco.
Entre os integrantes dos Brancos encontravam-se os Kadetts, partidários do grupo político de mesmo nome que tinham ideais liberais. A mistura de forças nessa nova milícia juntava aos liberais os socialistas moderados e, até mesmo, dissidentes dos socialistas revolucionários, descontentes com a centralização política e o governo de linhas ditatoriais que acreditavam ter se instalado em Moscou.