relacione a ocorrência dessa malformação não associada às síndromes e a influência dessa condição sobre a personalidade do portador
Respostas
O lábio leporino com ou sem fenda palatina ocorre por herança multifatorial, ou seja, sofre influência genética e ambiental. A má-formação ocorre no embrião, entre a quinta e a oitava semana de gestação pelo não fechamento das estruturas embrionárias que irão originar o lábio superior e a boca. A incidência de lábio leporino não ligado a síndromes, associado ou não à fenda palatina, está em torno de 1 ocorrência a cada 1.000 crianças nascidas vivas, e é mais frequente entre os meninos do que as meninas, atingindo duas vezes mais homens do que mulheres. O lábio leporino e a fenda palatina não são apenas problemas estéticos. A primeira dificuldade é a alimentação dos recém-nascidos, pois a abertura no lábio dificulta a sucção e a fenda palatina pode facilitar a aspiração do alimento para o sistema respiratório e também dificultar a fala. Além disso, pode haver distúrbios respiratórios, de audição, da fala, infecções respiratórias e auditivas crônicas e alterações na dentição. O tratamento é longo, se estendendo até a idade adulta. Geralmente, inicia-se com tratamento cirúrgico; primeiro fecha-se o lábio (por volta dos 3 meses de vida) e depois o palato, que deve ser fechado antes de a criança começar a falar, geralmente até os 18 meses de vida. Além da cirurgia, é necessário um acompanhamento multidisciplinar com dentistas, fonoaudiólogos, cirurgiões, otorrinolaringologistas, psicólogos, dentre outros. O lábio leporino e a fenda palatina não encurtam a vida do portador