• Matéria: Geografia
  • Autor: TRYNDAMERE
  • Perguntado 8 anos atrás

quais foram as atividades dominantes em cada um desses seculos XVI,XVIII e XIX?

Respostas

respondido por: natalia1111133
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extrativismo, vegetal, mineral, comércio de açucar, cafe

TRYNDAMERE: obr ajudou mt ^-^
natalia1111133: de nada
respondido por: Davizaro
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O escravo africano chegava ao Brasil como mercadoria e, como tal, sujeito à conseqüente seleção que o tornava mão-de-obra mais qualificada e, portanto, de maior valor. Sendo portadores de técnicas mais desenvolvidas do que os indígenas, os que resistiam ao alto índice de mortalidade durante as viagens ofereciam condições de sobrevivência física e de rentabilidade muito lucrativas para a classe escravista. Na África, já existiam estruturas sociais onde as forças produtivas haviam alcançado um nível de desenvolvimento capaz de produzir excedentes. Essas organizações sociais onde já se detectavam relações de classe dispunham de força de trabalho mais capacitada a enfrentar o desgaste do trabalho escravo. 
A obtenção do escravo na África se fazia, comumente, pela troca com as formações sociais escravistas como os Reinos de Mali e do Congo. Este escravo que resultava de processos repressivos diversos para sua obtenção era transformado em valor de troca como efeito da intervenção comercial e político-militar européia nas formações sociais africanas aliada aos setores dominantes nestas sociedades. No caso das formações sociais que se organizavam feudalmente, como o Daomé e nas de tipo asiático, como o Império de Gana, o intercâmbio com o setor mercantil negreiro estimulou práticas escravistas complementares. A busca de escravos não estava articulada às necessidades produtivas locais, mas sim às relações de intercâmbio. Portanto, os contatos com os comerciantes de escravos e com os agentes político-militares que defendiam os interesses colonialistas determinou uma dominação escravista que favorecia a acumulação de riqueza nos setores dominantes dos sistema feudal e asiático. A posse de escravos disponíveis como mercadoria condicionava a aquisição de produtos estrangeiros, notadamente os tecidos, as miçangas, as armas, as jóias, além do ouro, cobre, algodão, tabaco, cachaça e zinbo ou búzio. Este último, abundante nas praias da Bahia, era exportado para a África onde servia como moeda e objeto religioso. 
Também ocorria na África o apresamento direto como o que se praticava no Brasil. Esse processo era mais empregado nos ataques às comunidades primitivas africanas. No entanto, os escravos assim obtidos não eram mercadoria imediatamente exportável, porque a sua rentabilidade apresentava as mesmas desvantagens que a classe proprietária enfrentava na exploração do escravo indígena. 
A necessidade de garantir o abastecimento contínuo de força de trabalho escrava principalmente destinada à América, produziu práticas de alianças políticas entre os representantes dos interesses coloniais e os diversos Estados africanos. Esta política africana foi iniciada pelo Reino de Portugal a partir do século XV e tinha como suporte principal a celebração de acordos comerciais e políticos. Estes ajustes, em geral, previam a regularização das trocas mercantis, a permissão para o estabelecimento de feitorias e fortalezas e a liberdade de ação para os missionários catequistas. Um bom exemplo desta política foram as relações estabelecidas com o Reino do Congo e que determinaram sobre esta unidade política africana um amplo processo de dominação colonial. Ainda que, em última instância, os contatos com a África se realizassem sob o controle do Estado Português, a importância crescente da economia brasileira como consumidora de escravos e de outros produtos africanos não tardou a se fazer sentir. O tráfico direto entre os portos negreiros africanos e os receptadores brasileiros passou a assumir uma importância crescente. Mais de uma embaixada vinda da África buscou entendimentos diretos com autoridades sediadas no Brasil, uma delas, a que o Rei do Congo enviou ao Conde de Nassau-Siegen em 1643. Nos séculos segiuntes (1750, 1795 e 1805) chegaram à Bahia com destino a Portugal emissários de soberanos do Daomé, outra importante área escravista. 
Aos poucos o monopólio português no tráfico negreiro começou a ser limitado pelas investidas concorrenciais de outros Estados Europeus, notadamente pelos representantes das burguesias comerciais holandesa, inglesa e francesa. A partir do século XVII, as áreas fornecedoras de escravos controladas pela burguesia portuguesa foram se tornando cada vez mais reduzidas, principalmente depois que o asiento negreiro foi concedido pelo Estado Espanhol aos holandeses e mais tarde aos ingleses. Somente Angola e Moçambique permaneceram como centros fornecedores de escravos dominados colonialmente pelo Estado Português. 
O recurso à exploração do escravo africano não suscitou as mesmas dúvidas quanto à sua legitimidade como ocorreu em relação às populações indígenas da América. Quando da chegada a Portugal dos primeiros africanos capturados, o Infante D. Henrique reclamou os cativos que lhe cabiam na qualidade de Grão-Mestre da Ordem de Cristo. Na medida em que a importância do trabalhador direto escravo crescia, de início articulado à estrutura econômica das Ilhas do Atlântico e
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