• Matéria: Filosofia
  • Autor: CaiqueGuimaraes12
  • Perguntado 8 anos atrás

quais os fatos mais marcantes na vida do "Friedrich Nietzsche"?

Respostas

respondido por: dayanetomazsil
12
-Quando Nietzsche Chorou, romance de estréia do professor e psicoterapeuta Irvin Yalom , pode ter lá a sua pecha de ‘auto-ajuda filosófica’, seguindo um pouco a linha do aconselhamento filosófico de Lou Marinoff
respondido por: VictorCosta12
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Quando Nietzsche Chorou, romance de estréia do professor e psicoterapeuta Irvin Yalom (A cura de Schopenhauer e Mentiras no divã), pode ter lá a sua pecha de ‘auto-ajuda filosófica’, seguindo um pouco a linha do aconselhamento filosófico de Lou Marinoff (Mais Platão, menos Prozac e Pergunte a Platão). Há quem o ache monótono, muito extenso para pouca ‘ação’… Pois eu discordo. Trata-se de um romance ágil e engenhoso, de leitura agradável, e que embora se apresente com uma linguagem bastante acessível, não freqüenta o comum. 





Os dilemas vividos pelo médico austríaco Joseph Breuer – um dos pais da psicanálise – e pelo filósofo Friedrich Nietzsche – que dispensa apresentação – são universais. Alguns se nos revelam peculiares, familiares, íntimos até. O encontro fictício entre os dois atormentados vultos históricos (com uma breve e indispensável intervenção de um terceiro: o jovem Sigmund Freud, do qual Breuer é mentor) há de conduzir o leitor a uma profunda revisão de muitas das suas possíveis inquietações. Poderá levá-lo até mesmo a relativizar aquela suave angústia habitual (às vezes não tão suave) que já se incorpora naturalmente à vida de muitos, como o café-da-manhã, como o banho diário. Inspirações libertadoras podem se revelar ao longo da história do improvável encontro entre Breuer e Nietzsche, nesta ficção com generosas porções de História. 





Yalom discorre de modo descomplicado e bem-posto sobre alguns dos traços mais marcantes da filosofia nietzschiana, como o conceito do Eterno Retorno e da Vontade de Poder. Como psiquiatra e psicanalista, ele evidencia, pela experiência dos seus personagens, as implicações de tais conceitos filosóficos – supostamente inacessíveis para muitos – em aspetos importantes da experiência de vida, ou das relações que cada pessoa estabelece com a própria vida. 





É, portanto, sob pelo menos dois aspectos, uma boa leitura. É curiosa sob o aspecto da construção ficcional entremeada de fatos históricos – uma mistura sempre intrigante; é importante sob o ponto de vista do auto-exame, da busca pelo significado destas pequenas angústias, destes pequenos sofrimentos tão peculiares a vivência de cada um, mas cujo entendimento das origens e das razões acaba por se constituir em incômodo maior do que o próprio sofrer. 







“É isto (…) a principal fonte de sua angústia. Aquela pressão precordial… é porque seu tórax está explodindo de vida não vivida. O tique-taque do seu coração marca o tempo que se esvai. A avidez do tempo é eterna. O tempo devora e devora, sem dar nada de volta. Que terrível ouvi-lo dizer que viveu a vida que lhe foi atribuída! E que terrível encarar a morte sem jamais ter reinvidicado a liberdade, mesmo em todo o seu perigo!” (Nietzsche exorta o Dr. Breuer a de fato ‘viver’) 
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