Fernando Pessoa - MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu
Explique com suas palavras o poema acima por estrofes
Respostas
Na primeira estrofe, os versos remetem a saída do povo português na busca de novos continentes, além do mar, no primeiro verso, o narrador faz um chamamento, aonde deixa claro que vai haver choro e lágrimas, e, essas pessoas que partiam deixam para trás mães, filhos, que rezavam para eles voltarem. Ninguém tinha certeza se voltavam ou não, da viagem.
Na segunda estrofe, o narrador revela que algumas noivas podem ficar sem casar, pelo motivo de que alguns noivos podem não retornar da jornada. Também pergunta ao leitor se a jornada valeu a pena ao leitor, e ele mesmo responde a própria pergunta, que “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”, o autor quis dizer que implicitamente com isso: que vale apena viver, para ver a alegria de novas conquistas.
Na terceira estrofe, o Bojador seria um local de muita turbulência, e para conseguirem passar por lá, precisavam suportar a dor e a perda, e que Deus deu o perigo e o abismo, para que ficasse mais emocionante a conquista.