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Império do Gana, Reino do Gana ou Império de Uagadu foi um antigo império que dominou a África Ocidental durante a Idade Média. Se localizava entre o deserto do Saara e os rios Níger e Senegal, muitos quilômetros ao norte do atual país chamado Gana.[1]
O Império não tinha nome então passou a ser chamado de Gana (que significa "chefe guerreiro") que é na verdade era o título do líder desse Império. Foi provavelmente fundado durante a década de 300, desde essa data até 770, os seus primeiros governantes constituíram a dinastia dos Magas, uma família berbere, apesar de o povo seu súdito ser constituído por negros das tribos soninquês.[2] Em 770, os Magas foram derrubados pelos soninquês, e o império expandiu-se grandemente sob o domínio de Kaya Maghan Sisse, que foi rei cerca de 790.
Nessa altura, o Império do Gana começou a adquirir uma reputação de ser uma terra de ouro. Atingiu o máximo da sua glória durante os anos 900 e atraiu a atenção dos Árabes.[3] Depois de muitos anos de luta, a dinastia dos Almorávidas berberes subiu ao poder, embora não o tenha conservado durante muito tempo. O império entrou em declínio e, em 1240, foi destruído pelo império do Mali.[4]
Os soninquês habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-magas. Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (berberes). A região de Gana tornou-se, com o tempo, uma área de intenso comércio.[5] Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-magas, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região.[1] Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.[