no brasil, segundo a defesa civil, os afogamentos representam a segunda causa de morte na faixa etária de 5 a 14 anos.
Respostas
Anualmente 7.500 brasileiros morrem, aproximadamente 600 vítimas não são encontradas, um milhão e trezentos mil são salvos em nossas águas, e 260.000 são hospitalizados, vítimas de afogamento (2,3). Estes dados catastróficos impulsionaram um grande avanço nesta área nos últimos 10 anos. O acesso às informações de saúde permitiu importantes mudanças nos métodos de prevenção e na melhoria do estudo de afogados modificando radicalmente o conhecimento da fisiopatologia, das fases do processo de afogamento e principalmente da abordagem ao afogado proporcionando uma redução de 18% na mortalidade por afogamento nos últimos 20 anos(1979-1998) (2).
O afogamento é considerado como “Trauma” e contribui com uma parcela significativa na mortalidade Brasileira hoje em dia. Quando avaliamos a mortalidade no contexto geral considerando todas as idades, o trauma se encontra em segundo lugar ficando atrás apenas das doenças do aparelho circulatório com 249.639 (27,63%) mortes(3). O afogamento diferentemente de outras doenças ocorre inesperadamente na grande maioria das vezes, o que gera invariavelmente uma situação caótica dentro do âmbito familiar. O afogamento está em sua grande
maioria relacionado ao lazer familiar e é geralmente testemunhado por ela, ou menos freqüentemente se insere em seu contexto. Situações de catástrofe familiar podem ser observadas quando famílias inteiras se afogam juntos, por desconhecimento, ou pela tentativa infrutífera de salvar uns aos outros. A perda de um ente querido de forma inesperada é sempre um desastre emocional familiar, e ainda pior quando este ser é jovem e com uma grande expectativa de vida ainda por vir. Citando a mãe de uma vítima de afogamento “um filho jamais deveria
morrer antes dos pais”.
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