Respostas
O cogito cartesiano (conhecido pela formulação "penso, logo existo") é o primeiro resultado positivo das Meditações Metafísicas, de Descartes, quando o pensador, em seu processo de dúvida radical, chega a uma certeza.
Nesta altura do texto, Descartes já havia assumido a possibilidade de se enganar sobre tudo o que viu, sobre as suas memórias, sobre a bondade de Deus e mesmo sobre se estava ou não sonhando, chegando a duvidar se sequer pensava quando julgava estar pensando.
Conclui, contudo, que isto era impossível: ainda que simplesmente pensasse que pensa ainda assim estaria pensando, de modo que o cogito ("Eu penso") é a primeira certeza.
A sua consequência lógica é que, se penso, sou algo ou alguém que pensa, de modo que existo ao menos enquanto coisa pensante, de onde Descartes extrairá, depois, a certeza da bondade de Deus (pela clareza e distinção do seu conceito) e a validade dos raciocínios claros e distintos. A ideia de que Descartes existe enquanto "coisa que pensa", contudo, é criticada por alguns filósofos, pois da ideia de que pensamos não necessariamente decorre a existência de uma substância pensante.
Mais sobre Descartes em:
https://brainly.com.br/tarefa/20987878