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Mundo natural é aquele que, como já se diz, pertence estritamente à Natureza e, por conseguinte, constitui-se de produtos livres de intervenção humana. Este mundo, portanto, engloba seres e fenômenos de todos os tipos, como os minerais, vegetais e animais. Só não pertencem ao mundo natural os produtos resultantes, sejam em parte ou não, da ação humana, pois estes devem entrar no domínio da cultura. Desde um terreno arado, passando pelo arco-e-flecha, machadinha, barraco, jogos, até a linguagem verbal, são produtos culturais. Realmente esta divisão entre o mundo natural e o cultural parece, e é, bastante simples, pois basta como critério para a sua realização o fato de homem intervir no caso ou não. No entanto, as coisas começam a se complicar quando passamos do plano abstrato para o concreto, isto é, para a realidade. Por exemplo: Como classificaríamos o fenômeno da destruição da camada de ozônio? É um fenômeno natural ou cultural? Podemos nos inclinar para a primeira alternativa se levamos tão só em conta que as ciências da natureza, como a física e a química, proporcionam respostas mais explicativas para a ocorrência de tal fenômeno. No entanto, também podemos nos inclinar para a segunda quando se considera que a explicação da destruição da camada de ozônio não pode se desvincular de uma contextualização cultural. Daí, resta como reflexão que há (não poucos) casos em que a cultura e a natureza não são passíveis de isolamento, mas se mesclam e interagem.
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