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Não bastasse a dizimação, iniciada no século 16, de várias sociedades africanas para atender à demanda de mão-de-obra escrava na América, a África testemunhou, na segunda metade do século 19, a entrada, mais uma vez, dos europeus em seu território. Nessa oportunidade, no entanto, os exploradores se aliaram às elites locais, as quais passaram a desfrutar de prestígio social e econômico entre a população explorada. A África passaria, então, a atender aos iinteresses dos países industrializados europeus, que viam no continente a possibilidade de ampliar o capital financeiro, disputando mercado consumidor, matérias-primas e mão-de-obra barata. Para os historiadores, esse neocolonialismo foi uma das conseqüências da Segunda Revolução Industrial. O continente africano tornou-se, assim, uma espécie de objeto de desejo e de satisfação das potências européias. Portanto, o estudo sobre a partilha da África tem muito a nos dizer, inclusive pelo fato de que o território sofre, até hoje, as conseqüências da exploração imperialista.
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