• Matéria: ENEM
  • Autor: Carlamenezes19
  • Perguntado 8 anos atrás

Para responder a essa questão leia o texto seguinte:



Maria da Penha, uma mulher que sobreviveu na luta

A farmacêutica sofreu duas tentativas de homicídio e lutou durante 19 anos e 6 meses para colocar seu agressor na prisão

Por Heloisa Aun 08/03/2017 18:11 (Atualizado: 13/03/2017 9:47)

Na madrugada de 29 de maio de 1983, Maria da Penha foi acordada com um estouro no quarto. Assustada, tentou se mexer, mas não conseguia. Ela havia levado um tiro. Seu primeiro pensamento naquele momento foi: "O Marco [seu então marido] me matou".

O homem foi encontrado pelos vizinhos sentado no chão da cozinha da residência, com o pijama rasgado e uma corda no pescoço. Ele criou uma versão falsa da história: afirmou que quatro assaltantes entraram na residência e tentaram enforcá-lo.

A vítima, à época com 38 anos, acreditou por algum tempo no suposto assalto, até o dia em que as incoerências de Marco Antonio Heredia Viveros, economista e professor universitário colombiano, vieram à tona nas investigações. Antes disso, Penha permaneceu quatro meses entre a vida e a morte.

Neste período, a mulher passou por cirurgias em hospitais de Fortaleza, onde nasceu, e, depois, de Brasília. "Pensei que fosse morrer", relata. Ela só pedia a Deus, todos os dias, para que não deixasse suas filhas – então com 6 anos, 5 anos e 1 ano e 8 meses – órfãs de mãe. As crianças ficaram todo esse tempo com o pai, a babá e a governanta da residência.

A cearense levou quase 20 anos para conseguir justiça e punir seu agressor

Foram meses de resistência para sobreviver à tentativa de assassinato. Após vários exames, ela recebeu uma notícia que mudaria sua vida: não conseguiria mais andar.

Logo que retornou para casa, de cadeira de rodas, Maria da Penha viveu outra violência. Marco tentou eletrocutá-la no chuveiro elétrico, mas a vítima conseguiu se salvar a tempo. Mesmo assim, ainda não tinha noção de que vivia ao lado de um assassino.

Com o interrogatório da Secretaria de Segurança, várias contradições foram encontradas, e as autoridades concluíram que o economista era o autor da tentativa de homicídio. Ele não confessou o crime.

No total, foram 19 anos e 6 meses para colocar Marco na cadeia. Um processo longo e de muita luta, que serviu de exemplo e força a outras mulheres a partir da promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, que pune a violência doméstica no Brasil.

Infância e relacionamentos

Maria da Penha Maia Fernandes, de 72 anos, passou a infância em Fortaleza, no Ceará. Sua família, de classe média, lhe deu uma educação rígida. Ela estudou em colégio de freira, apenas com meninas na sala de aula, como era comum no período.

Por incentivo de sua avó, que era parteira, Penha decidiu cursar Farmacêutica na Universidade Federal do Ceará.

No segundo ano da faculdade, se apaixonou por um rapaz em uma festa. Algum tempo depois se casou, aos 19 anos, sob a condição de que terminaria os estudos. No entanto, o homem era muito ciumento, e o relacionamento acabou não dando certo.

Após a separação, Penha iniciou uma pós-graduação em São Paulo. Foi na capital paulista que, por meio de amigos em comum, ela conheceu seu futuro marido, Marco Antonio. "Ele era uma pessoa cabeça no lugar, solícito e prestativo, e eu achei que estava acertando na loteria. A gente começou como amigos, namoramos e casamos um ano depois", conta.

Violência psicológica e agressões

O casamento de Maria da Penha e Marco Antonio, que se naturalizou brasileiro, seguiu bem até o nascimento das três filhas. Desde então, ele passou a ter um comportamento agressivo com ela e as crianças.

"Eu não entendia quem era a pessoa com quem estava vivendo, mas tive que continuar porque não existia nem delegacia da mulher no país", diz a cearense, que atuava no laboratório de um Instituto de Previdência do estado do Ceará.

E a situação só piorou. Para a farmacêutica, era um sofrimento muito grande conviver com um homem que agredia fisicamente suas filhas e a fazia sofrer uma extrema violência psicológica. A ela, só restava se esquivar na tentativa de proteger as meninas.

No que diz respeito ao estabelecimento de políticas públicas para mulheres, por que a história de Maria da Penha é importante?
Escolha uma:
a. A luta particular de Maria da Penha contra a violência sofrida pelo marido em conjunto com as reivindicações dos movimentos feministas resultou em uma das leis mais modernas do mundo no combate à violência contra a mulher.
b. Porque ela, Maria da Penha, pôde publicar o livro com a sua história.
c. Porque mostra os baixos índices de mulheres brasileiras que sofrem violência doméstica.
d. Porque diminuiu o número de denúncias contra delegacias especializadas da mulher que não atendem devidamente as vítimas que lá chegam.
e. Porque dez mil agressores desistiram de matar suas companheiras depois de conhecer a história de Maria da Penha.
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Respostas

respondido por: clebergutierrez
32
Resposta Letra A:
A luta particular de Maria da Penha contra a violência sofrida pelo marido em conjunto com as reivindicações dos movimentos feministas resultou em uma das leis mais modernas do mundo no combate à violência contra a mulher.
respondido por: henriquec1001
1

a. A luta particular de Maria da Penha contra a violência sofrida pelo marido em conjunto com as reivindicações dos movimentos feministas resultou em uma das leis mais modernas do mundo no combate à violência contra a mulher

Assim sendo, por meio dessa ação Maria da Penha se tornou um ícone mundial da representatividade feminina.

Dessa forma, sua representatividade é tão grande que o nome dela foi usado no Brasil para criação de uma lei que protege as mulheres e prevê pesadas punições aos agressores.

Saiba mais:

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Bons estudos!

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