• Matéria: Português
  • Autor: jodel2011
  • Perguntado 8 anos atrás

Boa noite !
Se alguém puder me ajudar,por favor,ficarei muito grato.Estou precisando muito.É uma questão difícil.Obrigado.
O que se espera que o aluno produza?
Um texto único e original, onde o aluno consiga localizar o clímax e justificar sua escolha..
PROPOSTA DE ATIVIDADE
Leia e releia o texto com muita atenção e retire dele a parte que corresponde ao clímax justificando sua resposta.

Caso de secretária
Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!
Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto o lembrara. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.
Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.
Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.
“O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?”
Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.
“Se o senhor quisesse, podíamos jantar juntos”, insinuou ela, discretamente.
E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida – o pessoal lá em casa pouco está me ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que – reparava agora – ere bem bonita.
Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário, ele principalmente. Conteve-se no prazer ansioso da espera.
– Onde você prefere ir? – perguntou, ao saírem.
– Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.
Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?
– Mas antes quero um drinque, para animar – ela retificou. Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e defazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço.
No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isto, era uma promessa de felicidade.
Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhos, em coro com a secretária, esperavam-no atacando “Parabéns para você”.
Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.
O que será avaliado?
Norma padrão da Língua Portuguesa;
Resposta original;
Capacidade de justificativa;
Mínimo de 150 verbetes.

Respostas

respondido por: Biaa1407ana
2
Você poderia pegar algumas coisas da internet e colocar em suas palavras o que está sendo dito.

jodel2011: Correto.Estou pesquisando aqui,porém não encontrei nada ainda falando do clímax.Obrigado !
jodel2011: Eu penso que o clímax é a hora que ele entra no apartamento e para surpresa dele,estavam a mulher e os filhos deles.Concorda?
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