• Matéria: Filosofia
  • Autor: renataribeiro9oz05u5
  • Perguntado 8 anos atrás

Explique as formas da razão de acordo com a teoria crítica

Respostas

respondido por: leticialopes10
8
A razão objetiva é o conceito concreto da razão. Trata de verdades universais, isto é, fatos, que ditam se uma ação é certa ou errada. É a ordem e uma força no mundo que requer uma forma específica de comportamento. É focado no fim, não no meio.
A razão subjetiva é um conceito abstrato da razão. A razão não é absoluta, e sim, condicionada por outros fatores, como, por exemplo, fatores econômicos, sociais, políticos e materiais. A razão pode ser modificada e moldada. A razão subjetiva se preocupa principalmente com os meios; ela adequa os meios para atingir os fins. Segundo Horkheimer, é o “funcionamento abstrato do mecanismo de pensamento” por classificação, inferência ou dedução. A razão subjetiva é voltada à autopreservação. Nesse contexto, ser razoável significa ser adequado a um propósito em particular, ou seja, ser “bom para alguma coisa”.
A razão instrumental é ligada à razão subjetiva. A razão instrumental é o planejamento dos meios para se atingir determinado fim, que é o interesse próprio. Tanto a razão subjetiva como a razão instrumental são voltadas à autopreservação. O empenho para garantir a autopreservação é o único fim.
De acordo com a razão instrumental, o único critério da razão é a sua utilidade. Dessa forma, a ideia da verdade passa a depender meramente das preferencias subjetivas do indivíduo. Horkheimer afirma que “o homem comum afirmará que as coisas razoáveis são aquelas que são evidentemente úteis”. Mas o homem define como “útil” tudo que favorece sua autopreservação. A razão instrumental busca sempre a dominação sobre a natureza, sobre os seres humanos e sobre o próprio indivíduo.
De acordo com Horkheimer, na sociedade burguesa há um crescente predomínio da razão instrumental. O indivíduo se torna conformista e permite que seus comportamentos sejam determinados unicamente pelos interesses econômicos, ideológicos e políticos de uma sociedade cega. Como a razão instrumental passa a ser o critério para as questões da moralidade, os ideais da sociedade – por exemplo o ideal da democracia – se tornam dependentes dos interesses das pessoas, em vez de dependerem da razão objetiva.
De acordo com Horkheimer, a razão instrumental contém dois elementos que se opõem. Por um lado, há o ego abstrato, que nada contém além da tentativa de tentar transformar tudo que existe em meios para a sua preservação. Por outro lado, há uma natureza vazia – que nada mais é além de mero material a ser dominado e que não possui nenhuma finalidade a não ser sua própria dominação.
Portanto, segundo Adorno e Horkheimer, graças à razão instrumental, o homem forja uma relação de instrumentalidade com a natureza. O homem usa e domina a natureza, colocando-a no patamar de “objeto”.
Em Dialética do Esclarecimento, Adorno e Horkheimerabordam as consequências do Iluminismo do século 18. Eles criticam o Iluminismo, que estimulou o desenvolvimento dessa razão instrumental e controladora que predomina na sociedade contemporânea. Eles mostram a ligação do Iluminismo com a razão instrumental e com o domínio sobre a natureza. Eles também associam o Iluminismo ao capitalismo, à autopreservação e à repressão que surge por meio dele.
respondido por: manuellaholanda952
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Resposta:

A razão objetiva é o conceito concreto da razão. Trata de verdades universais, isto é, fatos, que ditam se uma ação é certa ou errada. É a ordem e uma força no mundo que requer uma forma específica de comportamento. É focado no fim, não no meio.

A razão subjetiva é um conceito abstrato da razão. A razão não é absoluta, e sim, condicionada por outros fatores, como, por exemplo, fatores econômicos, sociais, políticos e materiais. A razão pode ser modificada e moldada. A razão subjetiva se preocupa principalmente com os meios; ela adequa os meios para atingir os fins. Segundo Horkheimer, é o “funcionamento abstrato do mecanismo de pensamento” por classificação, inferência ou dedução. A razão subjetiva é voltada à autopreservação. Nesse contexto, ser razoável significa ser adequado a um propósito em particular, ou seja, ser “bom para alguma coisa”.

A razão instrumental é ligada à razão subjetiva. A razão instrumental é o planejamento dos meios para se atingir determinado fim, que é o interesse próprio. Tanto a razão subjetiva como a razão instrumental são voltadas à autopreservação. O empenho para garantir a autopreservação é o único fim.

De acordo com a razão instrumental, o único critério da razão é a sua utilidade. Dessa forma, a ideia da verdade passa a depender meramente das preferencias subjetivas do indivíduo. Horkheimer afirma que “o homem comum afirmará que as coisas razoáveis são aquelas que são evidentemente úteis”. Mas o homem define como “útil” tudo que favorece sua autopreservação. A razão instrumental busca sempre a dominação sobre a natureza, sobre os seres humanos e sobre o próprio indivíduo.

De acordo com Horkheimer, na sociedade burguesa há um crescente predomínio da razão instrumental. O indivíduo se torna conformista e permite que seus comportamentos sejam determinados unicamente pelos interesses econômicos, ideológicos e políticos de uma sociedade cega. Como a razão instrumental passa a ser o critério para as questões da moralidade, os ideais da sociedade – por exemplo o ideal da democracia – se tornam dependentes dos interesses das pessoas, em vez de dependerem da razão objetiva.

De acordo com Horkheimer, a razão instrumental contém dois elementos que se opõem. Por um lado, há o ego abstrato, que nada contém além da tentativa de tentar transformar tudo que existe em meios para a sua preservação. Por outro lado, há uma natureza vazia – que nada mais é além de mero material a ser dominado e que não possui nenhuma finalidade a não ser sua própria dominação.

Portanto, segundo Adorno e Horkheimer, graças à razão instrumental, o homem forja uma relação de instrumentalidade com a natureza. O homem usa e domina a natureza, colocando-a no patamar de “objeto”.

Em Dialética do Esclarecimento, Adorno e Horkheimerabordam as consequências do Iluminismo do século 18. Eles criticam o Iluminismo, que estimulou o desenvolvimento dessa razão instrumental e controladora que predomina na sociedade contemporânea. Eles mostram a ligação do Iluminismo com a razão instrumental e com o domínio sobre a natureza. Eles também associam o Iluminismo ao capitalismo, à autopreservação e à repressão que surge por meio dele.

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