• Matéria: Ed. Moral
  • Autor: Mi211
  • Perguntado 8 anos atrás



Um importante debate que existe na concepção ética é aquele que discute a existência de valores universais, ou seja, se os valores podem ser considerados os mesmos dentro de todas as culturas, ou ao contrário, cada cultura possui sua própria percepção dos valores.

Logo, podemos perceber que dentro do debate ético, tendo em vista os direitos humanos, temos uma visão relativista, ou seja, aquela na qual os valores são medidos a partir de cada cultura e, de outro lado, uma concepção universalista, que significa dizer que existem valores iguais para todos. A partir dessas concepções, propõe-se a construção de um texto que as discuta e aponte suas possibilidades, e também as possíveis críticas a ambos os modelos.

Orientação de resposta:

Para realizar esse desafio, você deverá atender aos seguintes itens:

1 - dizer o que é o relativismo;
2 - sucintamente contextualizar o que são os direitos humanos;
3 - propor uma crítica à visão universalista em detrimento da relativista.

Respostas

respondido por: liviafeitosa17oz6hb7
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PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO

O relativismo axiológico se aproxima de um entendimento de que os valores são diferentes em cada cultura, por isso mesmo, cada uma seguiria seus valores independentemente das demais. Nesse sentido, parece-nos que tudo é possível sob o argumento da diferença cultural. De outro lado, o relativismo antropológico respeita diferentes construções e que não existiria uma moral universal. Não significando uma aceitação plena de qualquer atitude. Seria muito mais pensar uma pluralidade de códigos.

De outro lado percebemos que a construção dos direitos humanos se dá de maneira a pensarmos que a cultura europeia e ocidental tem uma primazia face às outras. Isso talvez seja alimentado por um pensamento capitalista que percebe o melhor e o pior, e não propriamente reconhece a diferença. Nesse sentido, parece-nos que a própria construção do que se pensa sobre os direitos humanos estaria muito mais próxima de um universalismo que imagina existirem valores que devam ser levados a toda parte, sem distinção.

Pensamos que nem a teoria Universalista, tampouco a Relativista são interessantes do ponto de vista ético e moral, ora, não devemos viver como os outros, e ao mesmo tempo, não podemos viver como se não existissem os outros. A questão nesse caso poderia passar pela construção de um pensamento ético da alteridade, no qual a habitação do outro em mim, ao mesmo tempo em que me realiza, permite a mim doar ao outro minha individualidade. Seria mais próximo da ética uma opção multicultural de direitos humanos, que respeita a diferença, mas que não fecha os ouvidos para a mudança. Seria admitir que não há argumento final quando tratamos de direitos humanos, menos ainda que não há cultura modificável e que as culturas são completas. Admitir o diálogo, esse seria o caminho entre universalismos e relativismos.

respondido por: lucaslr2008
21

Resposta:

Explicação:

O relativismo axiológico se aproxima de um entendimento de que os valores são diferentes em cada cultura, por isso mesmo, cada uma seguiria seus valores independentemente das demais. Nesse sentido, parece-nos que tudo é possível sob o argumento da diferença cultural. De outro lado, o relativismo antropológico respeita diferentes construções e que não existiria uma moral universal. Não significando uma aceitação plena de qualquer atitude. Seria muito mais pensar uma pluralidade de códigos.

De outro lado percebemos que a construção dos direitos humanos se dá de maneira a pensarmos que a cultura europeia e ocidental tem uma primazia face às outras. Isso talvez seja alimentado por um pensamento capitalista que percebe o melhor e o pior, e não propriamente reconhece a diferença. Nesse sentido, parece-nos que a própria construção do que se pensa sobre os direitos humanos estaria muito mais próxima de um universalismo que imagina existirem valores que devam ser levados a toda parte, sem distinção.

Pensamos que nem a teoria Universalista, tampouco a Relativista são interessantes do ponto de vista ético e moral, ora, não devemos viver como os outros, e ao mesmo tempo, não podemos viver como se não existissem os outros. A questão nesse caso poderia passar pela construção de um pensamento ético da alteridade, no qual a habitação do outro em mim, ao mesmo tempo em que me realiza, permite a mim doar ao outro minha individualidade. Seria mais próximo da ética uma opção multicultural de direitos humanos, que respeita a diferença, mas que não fecha os ouvidos para a mudança. Seria admitir que não há argumento final quando tratamos de direitos humanos, menos ainda que não há cultura modificável e que as culturas são completas. Admitir o diálogo, esse seria o caminho entre universalismos e relativismos.

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