1.O engajamento dos escravizados nas fileiras farroupilhas pode ter considerado uma forma de resistência negra na história do Brasil? 2.Transcreva o trecho do texto em que fica evidente a divergência entre os lideres farroupilhas no tocante à questão da abolição. 3.Debata, reflita e responda o que explica o ''silêncio demorado'' em torno da participação dos negros na Revolução Farroupilha? 4.Fazer um sobre a participação de negros,índios e mestiços na Revolução Farroupilha.
Respostas
2) “As lideranças farroupilhas tiveram posições conflitantes frente à questão servil. De um lado, a chamada “maioria” – formada por Bento Gonçalves, Domingos José de Almeida, Mariano de Mattos, Antônio Souza Neto e outros – assumiu uma postura claramente abolicionista. De outro, a “minoria” – Vicente da Fontoura, David Canabarro e outros chefes farrapos – aceitou a libertação dos escravos que se engajassem na luta contra o império, mas opôs-se tenazmente a qualquer tentativa de libertação geral dos escravos” (UFRGS,JUSTINO, Guilherme; Abril, 2008).
3) A bem da verdade, o silêncio demorado é um silêncio historiográfico que se calam diante das verdades que envolvem a guerra dos farroupilhas numa tentativa clássica de endeusar o fato colocando pseudo heróis brancos em evidência e empurrando para baixo do tapete os feitos realmente heroicos do povo negro, que demonstrou coragem mesmo debaixo da escravidão, lutando até a morte por uma guerra que não era deles.
4) Negros, índios e mestiços enxergaram na Revolução Farroupilha talvez a única chance de recuperar sua liberdade; o risco da vida pela chance, mesmo que remota, da liberdade...isso foi o real motivo do engajamento deles.
1. O engajamento dos negros escravizados que aderiram a guerra das farroupilhas não pode ser considerado como uma forma de resistência na história do Brasil.
Isso porque, na realidade fora prometido aos negros escravizados que lutassem nessa batalha, que ao final desse conflito eles seriam libertos, de certa forma eles tentaram lutar pela liberdade, mas não pode ser considerado um ato de resistência, já que eles estavam se doando e entregando suas próprias vidas por um conflito que não os representava.
2. O trecho do texto que demonstra a divergência ocorrida entre os líderes desse movimento sobre a abolição é: "A questão da abolição era controversa entre seus líderes. Ao mesmo tempo em que o governo rebelde prometia liberdade aos escravos engajados e condenava a continuidade do tráfico de escravos, seu jornal oficial, O Povo, estampava anúncios de fugas de cativos."
3. O silêncio demorado em torno da participação dos negros na Revolução Farroupilha se deu pelo fato de que apenas agora - nos últimos anos - a devida importância dessa população negra fora reconhecida na atuação desse conflito.
Isso ocorre pela veemente necessidade que sempre teve a história eurocêntrica (não só brasileira, mas mundial) em tirar a visibilidade e importância dos povos negros em seus guerras, trazendo a imagem de heróis sempre aos grupos brancos, escondendo os feitos históricos dos povos negros em lutas de grande importância histórica.
4. Os povos negros, índios e mestiços tiveram uma participação muito significativa na Revolução Farroupilha, isso se deu pela promessa de liberdade oferecida a estes povos em detrimento de sua entrega nessa guerra.
Assim, vendo como a chance de libertação da escravidão e das inúmeras amarras sociais e estruturais que os cercavam, esses povos encararam a participação na Revolução como um escape para sua situação, mesmo que custasse suas vidas.
Revolução Farroupilha
A guerra dos farrapos teve seu estopim com a insatisfação da cobrança de altos impostos na charque gaúcha (enquanto que a estrangeira era pouco taxada), com a centralização do governo, com a guarda nacional, com a falta de autonomia das províncias, bem como por outros aspectos.
Assim, tais motivos levaram o governo gaúcho a se rebelar contra o governo brasileiro central na busca de seus objetivos. Acabaram sendo derrotados, mas os gaúchos ainda conseguiram algumas tratativas com o governo central, como por exemplo: taxação de 25 % sobre a charque estrangeira.
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