• Matéria: Saúde
  • Autor: PrinceLanga8401
  • Perguntado 8 anos atrás

om o final da 1ª Guerra Mundial a euforia consumista teve de ser refreada. O ritmo de produção do período de guerra era muito mais do que o suportado por uma economia em tempos de paz. Aos poucos, a diminuição do ritmo de produção e a redução na margem de lucro das empresas foram dando sinais de um processo de recessão da economia dos EUA. [...] uma avalanche de desemprego começou a tomar conta do país. Não tendo como escoar sua própria produção, as empresas reduziram os gastos com mão de obra para equilibrar suas finanças. O cidadão americano, acostumado com a estabilidade econômica, contraiu dívidas com a esperança de pagá-las com o retorno financeiro dado pela especulação na bolsa de valores. Ao mesmo tempo, as economias europeias, assoladas pelos conflitos da Primeira Guerra, deram sinais claros de recuperação e diminuíram sua demanda pela produção estadunidense. Esse processo desenvolvido ao logo dos anos de 1920, logo apresentou um quadro desastroso à economia dos EUA. O poder de compra do salário reduziu-se drasticamente. A indústria não conseguia escoar a riqueza produzida. No campo, estoques inteiros se acumulavam à espera de preços que, no mínimo, cobrissem as despesas com a produção. Em 1928, mais de 4 milhões de pessoas não tinham trabalho. (SOUSA, Rainer Gonçalves. Adaptado de . Acesso em: 07 dez. 2015.)O fragmento de texto apresenta:Escolha uma:

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respondido por: MelissaTheCat
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crise da economia norte-americana, em 1929, ofereceu uma grande ameaça ao sistema capitalista. Durante o início do século XX, os Estados Unidos transformaram-se no grande paradigma de consumo e prosperidade material do mundo. Nações inteiras tinham sua balança comercial arraigada na onda de consumo e na concessão de empréstimos feita pelos cofres do Tio Sam.

No entanto, a euforia da economia veio acompanhada por uma forte onda especulativa do mercado financeiro. A esperança no lucro certo das empresas e negócios estadunidenses incentivava a população a investir sua renda na compra de ações. Ao mesmo tempo, a euforia consumista formou uma grande classe média beneficiada pela baixa dos alimentos, a concessão de crédito e o aumento salarial. Uma bela casa recheada com eletrodomésticos e um carro na garagem simbolizavam a vitória do chamado “american way of life”.



Porém, com o fim da Primeira Guerra Mundial, a euforia consumista teve de ser refreada. O ritmo de produção do período de guerra era muito mais do que o suportado por uma economia em tempos de paz. Aos poucos, a diminuição do ritmo de produção e a redução na margem de lucro das empresas foram dando sinais de um processo de recessão da economia dos EUA. Logo em seguida, uma avalanche de desemprego começou a tomar conta do país.

Não tendo como escoar sua própria produção, as empresas reduziram os gastos com mão-de-obra para equilibrar suas finanças. O cidadão americano, acostumado com a estabilidade econômica, contraiu dívidas com a esperança de pagá-las com o retorno financeiro dado pela especulação na bolsa de valores. Ao mesmo tempo, as economias européias, assoladas pelos conflitos da Primeira Guerra, deram sinais claros de recuperação e diminuíram sua demanda pela produção estadunidense.

Esse processo desenvolvido ao logo dos anos de 1920, logo apresentou um quadro desastroso à economia dos EUA. O poder de compra do salário reduziu-se drasticamente. A indústria não conseguia escoar a riqueza produzida. No campo, estoques inteiros se acumulavam à espera de preços que, no mínimo, cobrissem as despesas com a produção. Em 1928, mais de 4 milhões de pessoas não tinham trabalho. No ano seguinte, o mercado financeiro deflagrou o golpe final na economia.

Em 1929, a retração da produção e do consumo afastou os cidadãos estadunidenses do mercado financeiro. Nas bolsas de valores, a incessante venda das ações estimulou a queda no valor das mesmas. No mês de outubro a situação alcançou situação alarmante. Sem o interesse na compra, vários especuladores, empresários e cidadãos comuns viram suas ações perderem o seu valor monetário. No dia 24 daquele mês foi anunciado o “crash” (quebra) da Bolsa de Valores de Nova York.

Tinha início o período da Grande Depressão, que se estendeu até o ano de 1933. O ritmo da produção caiu para a metade, milhares de empresas pediram falência, os salários despencaram e uma massa de desvalidos tomou conta das cidades dos Estados Unidos. No mercado internacional os efeitos da crise também foram sentidos. Nações que tinham dívidas com os EUA suspenderam as importações e as nações agro-exportadoras perderam um dos seus mais importantes mercados consumidores.

Além de configurar a crise da economia dos EUA, a quebra da bolsa e a grande depressão exigiram a remodelação do sistema econômico capitalista. Foi quando as ações intervencionistas do presidente Franklin Delano Roosevelt inauguraram uma nova relação entre o Estado e a economia. Em sua administração foi inaugurado o “New Deal” (Novo Acordo), que ditava prerrogativas de controle do Estado sobre a economia.

Em alguns meses a economia começou a dar sinais de melhora e a situação parecia ganhar um contorno. O governo começou a empreender obras públicas, aumentando os níveis de emprego, e passou a fiscalizar as ações do mercado financeiro. Os salários e a jornada de trabalho foram fixados por lei e um conjunto de políticas assistencialistas foi promovido. A renovação das práticas salvou o capitalismo nos EUA.

Por outro lado, as nações européias prejudicadas com a crise responderam a seus problemas com a eclosão de movimentos socialistas e o surgimento de governos totalitários. Na Itália e na Alemanha, o movimento nazi-facista pregava medidas radicais contra a miséria econômica e o caos social. Os movimentos de esquerda ganharam mais força, trazendo o ideário comunista como solução para a crise. Em pouco tempo, uma nova guerra mundial veio discutir o jogo político-econômico internacional.

 

Por Rainer Sousa
Mestre em História

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