• Matéria: Geografia
  • Autor: jadebarross
  • Perguntado 8 anos atrás

)A origem da ''Questão Essequibo'' está no processo de expansão colonial desses dois países. Explique como se deu esse processo de expansão. b)Esses dois paises ja chegaram a um acordo definitivo sobre a posse do território de Essequibo? c) Que recursos naturais são encontrados na Guiana, na Venezuela e na Colômbia?

Respostas

respondido por: Sabrinaalmeid4
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Olá,

        a) A Capitania Geral da Venezuela compreendia os territórios da antiga Província de Guayana, que ocupavam toda região do delta do rio Orinoco e leste do rio Essequibo. Desta forma quando ocorreu a independência os dois territórios queriam a posse deste território, a expansão ocorreu através de tratados que deram o direito a Guina, porém a Venezuela não aceitou e até hoje reivindica por este território.

           b- Não, como dito na questão anterior mesmo que oficialmente o território pertença a Guiana a Venezuela ainda reivindica seu território, mantendo o conflito.

           c- 
Petróleo,gás,bauxita,minério de ferro,diamantes e ouro..
respondido por: vpjrnebs
0

Resposta:

letra A

Explicação:

A disputa na região remonta ainda ao século XIX, quando os ingleses compraram as terras do Essequibo, que até então estavam sob domínio holandês, estabelecendo a Guiana Inglesa, em conjunto com as colônias vizinhas de Berbice e Demarara.

Origem da disputa

Estando sob controle do território, a Coroa Britânica contratou o naturalista Robert Schomburgk para realizar expedições pela área com o intuito de estabelecer as fronteiras da nova colônia.

Destas expedições, resultou a Linha Schomburgk. Porém, tal demarcação foi muito contestada, tanto pelo Brasil, quanto pela Venezuela.

No caso brasileiro, ela foi resolvida ainda no início do século XX por Joaquim Nabuco e ficou conhecida como Questão do Pirara. Da área reclamada, cerca de 59% (19.630 km²) ficou sob domínio inglês/guianense, enquanto o Brasil ficou com apenas 41% (13.570 km²), perdendo o acesso à Bacia do Essequibo.

Já para a Venezuela, era arbitrária a colocada da região a oeste do Essequibo como território inglês. Para eles, a região foi originalmente ocupada por missões espanholas, sendo venezuelana por direito.

Os EUA, pautados na Doutrina Monroe (“a América para os americanos”) e repudiando a intromissão europeia em questões do continente americano, passou a apoiar a Venezuela, convocando um tribunal arbitral para solucionar o conflito.

Para a viabilização do tribunal, que se reuniu durante dois anos e meio em Paris, foram indicados cinco juristas, dois americanos, sendo um indicado pela Venezuela e outro indicado pelos EUA, dois ingleses e um russo, indicado por ambas as partes, que daria o voto de minerva caso necessário.

As negociações geraram o Laudo de Paris, que definiram que a maior parte da área reclamada (entre os rios Essequibo e Cuyuni) ficaria sob domínio inglês, enquanto uma porção a oeste do rio Cuyuni, antes reivindicada pelos ingleses, passaria para a tutela venezuelana.

Esta configuração do território permaneceu assim por cerca de sessenta anos.

A contestação venezuelana e a independência da Guiana

Em meados de 1962, durante o governo de Rómulo Betancourt, a Venezuela passou a contestar a decisão do Laudo de Paris.

Dentre os motivos que trouxeram o assunto a tona novamente, podemos citar o surgimento de suspeitas de um coluio entre o diplomata russo responsável pelo voto de minerva, Frederic de Martens, que fez seu doutorado na Universidade de Cambridge (Inglaterra), e os dois jurados ingleses.

Além do mais, se passou a questionar o porquê de, enquanto a Inglaterra ter dois jurados com nacionalidade inglesa, a Venezuela foi representada por americanos, sendo apenas um deles nomeado por Caracas.

 

As potências ocidentais, como os EUA e até mesmo a Inglaterra, deram razão às ponderações venezuelanas. Este apoio se deve principalmente pelo fato de que, neste período, a Guiana Inglesa estava prestes a conseguir sua independência, com a ascensão de um governo marxista-lenista.

Em um contexto de Guerra Fria, onde os comunistas conquistavam o poder em Cuba, era temido pelas potências do mundo capitalista, especialmente pelos EUA, a formação de mais um Estado socialista nas Américas.

Assim, a Venezuela conseguiu a assinatura do Acordo de Genebra, que iria promover uma Comissão Mista para reabrir as negociações. Os venezuelanos passaram a considerar o Essequibo como parte do seu país nos mapas oficiais, mesmo esta região correspondendo a cerca de 2/3 da área total da recém independente Guiana.

Após algumas ações mais incisivas de ambos os lados, a partir de 1970 a Guiana acabou ficando em situação desfavorável para reivindicar uma quebra no acordo.

Isto se deve pois o Brasil, na época sob o regime militar, militarizou sua fronteira com a ex-colônia inglesa, agora sob comando de um governo esquerdista. Sendo impossível uma disputa em duas frentes por parte de Georgetown, o país recém independente buscou relações mais amistosas com os vizinhos venezuelanos, diminuindo a força de seu posicionamento em relação ao Essequibo.

Quando um governo de direita enfim chegou ao poder na Guiana, as tensões voltaram a existir. A Venezuela passou a agir diplomaticamente contra os guianenses, se opondo à construção de uma hidrelétrica no país e à contração de empréstimos por parte de Georgetown em órgãos financeiros supra-nacionais. A questão do Essequibo, neste período, passou a ser questão de segurança nacional para os dois países.

A partir da década de 1980, a disputa passou para égide da ONU. A partir daí, relações amistosas voltaram a ser estabelecidas. Guiana e Venezuela passaram a tomar medidas de cooperação, como ocorreu no caso da integração elétrica entre os dois países e na aliança militar contra o tráfico de drogas.

Tal cenário foi ainda reforçado no governo de Hugo Chavez, quando Caracas perdoou a dívida externa da Guiana para com os venezuelanos.  

Quadro atual: Exxon Mobil e o governo Maduro

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