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Não existe uma fórmula única e mágica para esta questão, mas uma das formas é verificar quais são as políticas que outros países adotaram para enfrentar as desigualdades provocadas pela supremacia branca.
Outra forma teoricamente falando seria a de aplicar mais afundo "Diga não ao racismo" nas escolas brasileiras.
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A desigualdade racial vigente hoje no Brasil é um processo sistemático e ininterrupto iniciado logo após a abolição da escravatura. A constituição de 1889 facilitou a reprodução do racismo ao decretar uma igualdade formal entre todo os cidadãos justamente quando a população negra acabava de ser colocada em uma situação de completo desamparo, basicamente em termos de renda, propriedade e instrução, para competir com os brancos diante de uma nova realidade de mercado de trabalho de tipo modernizante que se instalava no país. Além disso, enquanto se dizia que todos eram iguais constitucionalmente, várias políticas de incentivo e apoio diferenciado (que hoje podem ser lidas como ações afirmativas) foram aplicadas para estimular a imigração de europeus (brancos) para o Brasil. Inúmeros estudos mostram como os nichos incipientes de profissionalização e os pequenos negócios controlados por negros foram transferidos, na virada do século XIX para o século XX, para as mãos dos imigrantes, que começaram a acumular renda e propriedade de terra.
Rejeitar simultaneamente a Lei de Cotas e o Estatuto da Igualdade Racial significa aceitar a continuidade do quadro atual de desigualdade racial e de genocídio e adiar sine die o momento em que o Estado brasileiro consiga nivelar as oportunidades entre negros, brancos e indígenas, momento esse que pode tardar, quem sabe, mais cem anos. Por outro lado, são os dados oficiais do governo que expressam, sem sombra de dúvida, a necessidade urgente de ações afirmativas: ou adotamos cotas e implementamos o Estatuto, ou seremos coniventes com a perpetuação do nosso racismo e do nosso genocídio.
Outra forma teoricamente falando seria a de aplicar mais afundo "Diga não ao racismo" nas escolas brasileiras.
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A desigualdade racial vigente hoje no Brasil é um processo sistemático e ininterrupto iniciado logo após a abolição da escravatura. A constituição de 1889 facilitou a reprodução do racismo ao decretar uma igualdade formal entre todo os cidadãos justamente quando a população negra acabava de ser colocada em uma situação de completo desamparo, basicamente em termos de renda, propriedade e instrução, para competir com os brancos diante de uma nova realidade de mercado de trabalho de tipo modernizante que se instalava no país. Além disso, enquanto se dizia que todos eram iguais constitucionalmente, várias políticas de incentivo e apoio diferenciado (que hoje podem ser lidas como ações afirmativas) foram aplicadas para estimular a imigração de europeus (brancos) para o Brasil. Inúmeros estudos mostram como os nichos incipientes de profissionalização e os pequenos negócios controlados por negros foram transferidos, na virada do século XIX para o século XX, para as mãos dos imigrantes, que começaram a acumular renda e propriedade de terra.
Rejeitar simultaneamente a Lei de Cotas e o Estatuto da Igualdade Racial significa aceitar a continuidade do quadro atual de desigualdade racial e de genocídio e adiar sine die o momento em que o Estado brasileiro consiga nivelar as oportunidades entre negros, brancos e indígenas, momento esse que pode tardar, quem sabe, mais cem anos. Por outro lado, são os dados oficiais do governo que expressam, sem sombra de dúvida, a necessidade urgente de ações afirmativas: ou adotamos cotas e implementamos o Estatuto, ou seremos coniventes com a perpetuação do nosso racismo e do nosso genocídio.
karoliny53:
top!!! obg
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