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POESIA RELIGIOSA
"A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR
ESTANDO O POETA PARA MORRER"
Meu Deus, que estais pendente em um madeiro,
Em cuja fé protesto de viver;
Em cuja santa lei hei de morrer,
Amoroso, constante, firme e inteiro:
Neste transe, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minha vida anoitecer,
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um pai, manso, cordeiro
Mui grande é vosso amor, e o meu delito:
Porém, por ter fim todo o pecar;
Mas não o vosso amor, que é infinito.
Esta razão me obriga a confiar
Que por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.
ANÁLISE
É uma poesia com versos decassílabos, com rimas interpoladas ou opostas nos dois quartetos (ABBA/ABBA), e rimas alternadas ou cruzadas nos dois tercetos (CDC/CDC).
Nos textos religiosos, o conceptismo é uma das características que predomina mais esse estilo. Dentro desta, o autor está justamente abordando o contraste, pecado X perdão e tentará convencer Deus de ser salvo apesar de ter pecado.
No primeiro quarteto o eu-lirico fica desesperado e percebe que a morte está perto de si, recorrendo então a Jesus e se lamentando, pois reconhece que é um pecador e que será julgado quando morrer. No segundo quarteto, já imagina que está perdendo seu sentido "... minha vida anoitecer", e faz então, umas chantagens emocionais com Deus, tentando se salvar, pedindo que o acolha com "brandura de um pai...", e nessa hora que ele espera a misericórdia de Deus.
Enquanto no primeiro terceto se analisa uma característica do Barroco, o conceptismo, entre o amor de Deus e o seu pecar, isto é, Deus tem um amor infinito, mas o seu pecar é simplesmente finito. E na ultima estrofe ele espera se salvar, pois confia, apesar de ter pecado, já que Deus é misericordioso vai atender seu pedido.
Tinha esse aqui guardado pois fiz um trabalho sobre na escola !
"A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR
ESTANDO O POETA PARA MORRER"
Meu Deus, que estais pendente em um madeiro,
Em cuja fé protesto de viver;
Em cuja santa lei hei de morrer,
Amoroso, constante, firme e inteiro:
Neste transe, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minha vida anoitecer,
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um pai, manso, cordeiro
Mui grande é vosso amor, e o meu delito:
Porém, por ter fim todo o pecar;
Mas não o vosso amor, que é infinito.
Esta razão me obriga a confiar
Que por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.
ANÁLISE
É uma poesia com versos decassílabos, com rimas interpoladas ou opostas nos dois quartetos (ABBA/ABBA), e rimas alternadas ou cruzadas nos dois tercetos (CDC/CDC).
Nos textos religiosos, o conceptismo é uma das características que predomina mais esse estilo. Dentro desta, o autor está justamente abordando o contraste, pecado X perdão e tentará convencer Deus de ser salvo apesar de ter pecado.
No primeiro quarteto o eu-lirico fica desesperado e percebe que a morte está perto de si, recorrendo então a Jesus e se lamentando, pois reconhece que é um pecador e que será julgado quando morrer. No segundo quarteto, já imagina que está perdendo seu sentido "... minha vida anoitecer", e faz então, umas chantagens emocionais com Deus, tentando se salvar, pedindo que o acolha com "brandura de um pai...", e nessa hora que ele espera a misericórdia de Deus.
Enquanto no primeiro terceto se analisa uma característica do Barroco, o conceptismo, entre o amor de Deus e o seu pecar, isto é, Deus tem um amor infinito, mas o seu pecar é simplesmente finito. E na ultima estrofe ele espera se salvar, pois confia, apesar de ter pecado, já que Deus é misericordioso vai atender seu pedido.
Tinha esse aqui guardado pois fiz um trabalho sobre na escola !
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