Uma das maiores críticas à Antropologia desenvolvida no século XIX é que ela era feita em gabinetes. O que favoreceu o florescimento de posturas racistas e eurocêntricas. Nesse sentido, podemos dizer que nesta época a Antropologia ficou marcada pela
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excessiva teorização e distância da realidade.
A antropologia surgiu como disciplina científica no século XIX. Naquele primeiro momento, época de intensa colonização, a antropologia analisou e classificou os seres humanos com olhar etnocêntrico. Ou seja, era uma análise feita pelo colonizador europeu, que enxergava “o outro” (os povos diferentes dos europeus) como “inferiores”, “não civilizados”. A antropologia desenvolvida no século XIX, então, foi marcada pela ideia de "povos superiores” (os europeus) e “povos inferiores” (os outros).
Antropologia do século XIX era racista e eurocêntrica
A palavra antropologia vem do grego: ”antrophos” (= homem) e “logos” (= estudo). Ou seja, é o estudo do ser humano, analisando desde como ele se formou (suas raízes, origens) e chegando ao que ele se tornou, baseado em sua história biológica, social, cultural, linguística etc.
A antropologia surgiu primeiramente como uma parte da sociologia. Depois, tornou-se uma ciência humana autônoma, muito ligada à sociologia, mas com suas especificidades. Enquanto a sociologia estuda a sociedade e analisa-a no tempo presente, a antropologia estuda o ser humano e analisa-o no passado, desde as suas origens, para entender as suas formações mais primitivas e a sua história.
Nos seus primórdios, no século XIX, a antropologia era extremamente etnocêntrica. Feita por antropólogos europeus ou por aqueles que estavam imersos na cultura europeia, ela analisava os povos europeus como “superiores” e os outros, como “inferiores”, “primitivos”, “atrasados” e “não civilizados”.
Os europeus tinham o objetivo de mostrar que sua cultura e seu desenvolvimento eram "superiores" aos das demais sociedades, justificando, assim, a necessidade da colonização para colocar “sociedades atrasadas no rumo da civilização”. Justificativa antropológica, científica, para os europeus que queriam mesmo era obter recursos (matéria-prima) nessas sociedades.
No fim do século XIX, surgiu o Darwinismo Social (também chamado Evolucionismo Social ou Racismo Científico), com origem na teoria da seleção natural de Charles Darwin, que explica a diversidade das espécies através do processo de evolução. Seguidores do Darwinismo Social acreditavam que uma sociedade “primitiva” poderia evoluir, tornando-se “civilizada”.
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