• Matéria: Filosofia
  • Autor: annacarlafrancovm7r5
  • Perguntado 8 anos atrás

Quais os limites do racionalismo cartesiano e do empirismo lockeano?

Respostas

respondido por: M1V9H
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1- Qual dos dois esta certo? 

R. Ambos estão certos cada um analisa usando um instrumento diferente Descartes usa a razão e Lock a experiência, por isso não há como comparar coisas diferentes. 

2- Em qual idéia de caminho de verdade vc acredita? 

R. O caminho da verdade é o meio termo, conhecemos pela experiência e pela razão. 

3- Qual a diferença entre os dois? 

R. Descartes dá prioridade a Razão e Lock a experiência, como instrumento para chegar ao conhecimento. 

Racionalismo Cartesiano = Razão e raciocínio para se conhecer. 
Para reconhecer algo como verdadeiro, René Descartes considera necessário utilizar a razão e o raciocínio para transformar esse algo em idéias claras e distintas, com o objetivo de entender, estudar, compreender, analisar, criticar, questionar, o sistema, experimentar na razão e na ciência, ou seja, estudar racionalmente e cientificamente. 

Descartes utiliza-se de uma intuição primeira como fundamento para a construção da filosofia, que é a questão da dúvida que surge em si mesmo, ou seja, o próprio ser que duvida, pois se duvido penso, e se penso, logo existo: "Cogito, ergo sum", "Penso, logo existo". 

À partir do princípio de Descartes em que tudo pode ser duvidado e tudo poder ser passível de dúvida, surgem vários tipos de idéias, algumas confusas, duvidosas, e outras distintas, claras. Contudo, essas idéias distintas, claras, são as idéias verdadeiras, inatas, inerentes, ou seja, não possíveis de erros pelo fato de surgirem da razão, como por exemplo, a idéia da perfeição de Deus. 

Para ter certeza que a razão não se engana pela realidade, Descartes toma como evidencia o que pode não passar de um erro de pensamento ou mesmo ilusão dos sentidos, e com isso, a idéia de Deus como um ser perfeito, pois ser um ser é perfeito, deve ter a perfeição da existência, caso contrário lhe faltaria algo para que fosse perfeito, portanto, Deus existe. Essas conclusões são possíveis a partir da sua metafísica, que é buscar a identidade da matéria e espaço, pois o mundo é formado pela mesma matéria em qualquer parte, sua extensão é infinita e o vácuo é algo impossível. 

Com a conseqüência do "cogito" surge o fato, Descartes tendo uma grande valorização da razão e do entendimento, partindo do cogito, descobrem-se todas as verdades possíveis, e esse método cartesiano mostra de que e como o mundo é feito, possibilitando o desenvolvimento das ciências e os caminhos da dominação humana diante da natureza, e é com isso que as idéias claras e distintas mostram o mundo como algo que pode ser avaliado com precisão. Em seguida, a ciência, ainda baseada em qualidades duvidosas, a partir do século XVII torna-se matemática, capaz de reduzir todo o universo à mecanismos que podem ser medidos através da geometria. 

Uma outra conseqüência que surgiu é o dualismo psicofísico, ou seja, o ser humano como ser duplo, composto de substância pensante e substância extensa, Esse fato serviu de tema de discussão nos dois séculos seguintes, sendo o corpo objeto de estudo para a ciência, e a mente objeto de estudo para a reflexão filosófica. 


Empirismo Inglês Prioriza a Experiência indo contra o racionalismo. 
Destaca como prioridade a experiência sensível no processo do conhecimento. 
No empirismo a experiência sensível é fundamental, e o que vem depois da razão depende dessa experiência. O empirismo questiona o caráter da verdade, pois o conhecimento parte da realidade referente ao ser humano, tempo e espaço. 

John LockeO empirismo inglês se inicia com o filósofo John Locke (1632 – 1704), conhecido como o teórico do liberalismo. Locke parte do ponto de vista cartesiano propondo o problema metafísico de Descartes como o problema do conhecimento, e com isso inicia sua filosofia partindo da pergunta: "Qual é a essência, qual é a origem, qual é o alcance do conhecimento humano?". Essa importante reflexão encontra-se em sua obra Ensaio sobre o entendimento humano. 

Investigando a origem das idéias, Locke utiliza-se do caminho da psicologia, pois assim como para Descartes, qualquer pensamento é todo fenômeno psíquico em geral. Por esse caminho Locke também mostra que existe diante das idéias, a sensação, que surge com a mudança mental através dos sentidos; e a reflexão que é obtida pela alma através de tudo que diante dela ocorre. 

Portanto, para Locke, as idéias simples que surgem das sensações, das reflexões, ou da combinação entre elas, são as idéias correspondente à uma realidade que existe em si e por si mesma. Já o que causa essas idéias simples é a "qualidade" dos objetos, porém nem tudo tem o mesmo valor ontológico e por esse motivo Locke diferencia essas percepções como as qualidades primárias, que são a extensão, a solidez, a forma, o movimento, o repouso, o número, a impenetrabilidade dos corpos; e as qualidades secundárias que são a cor, o odor, a temperatura, o som, o sabor, etc. 
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