1. Transcreva o texto fornecido para uma folha pautada. “Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro.” 2. Observe a linguagem utilizada pelo escritor no texto e procure justificar com versos, palavras ou expressões a gramática (internalizada e/ou normativa) e a variedade da língua (padrão e/ou não padrão). 3. Analise-o quanto: A) à forma do poema. B) ao conteúdo do poema. 4. Ainda dentro do texto “Pronominais” identifique: A) o emissor B) o receptor C) a mensagem D) o código E) o canal 5. Baseado no que você estudou, é possível identificar que variante(s) linguística(s) está (ão) presente(s) no poema em questão. Justifique sua resposta com trechos do texto.
Respostas
1. Basta transcrever o poema:
PRONOMINAIS
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
2. Podemos perceber que, ao longo do poema, o eu lírico adota a gramática normativa ("Dê-me um cigarro"), sem desvios da norma padrão. No final do poema, ele ressalta que os brasileiros costumam usar a gramática internalizada ("Me dá um cigarro"). A variedade da língua utilizada em praticamente todo o poema é a padrão.
3. a) O poema tem nove versos, os quais não apresentam rima entre si.
b) O poema aborda a diferença entre o uso da gramática normativa e a maneira coloquial de falar no dia a dia.
4. a) O emissor é o eu lírico.
b) O receptor é o leitor do poema.
c) A mensagem está contida nos versos, sobre a gramática normativa e seu desvio.
d) O código é a língua portuguesa.
e) O canal é o poema.
5. Podemos perceber que o eu lírico ressalta a diferença entre língua falada e escrita, o que teria muito a ver com a variante social: o "mulato sabido", assim como o professor e o aluno, saberia ler e escrever, o que não era uma realidade comum para a população negra no Brasil, reflexo do período de escravidão de 300 anos em nosso país, cuja abolição havia acontecido há pouco tempo da publicação do poema.