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Tróia vs. Ilíada
Após uma visualização mais atenta do filme “Tróia” e da leitura de parte da obra Ilíada, na disciplina de CCC, pude verificar que existem diversas diferenças, das quais vou aqui dar alguns exemplos.
Desde logo, o significado da diferença do título do livro e do filme. O primeiro canta a ‘ira funesta’ de Aquiles e a obtenção de imortalidade, o segundo exalta principalmente a imortalidade do herói homérico.
Depois, o filme apresenta-nos o conflito entre Páris e Menelau, episódio que surge no Canto III do poema homérico. Neste, Helena descreve, a partir das muralhas, Agamémnon, Ulisses, Ájax, Idomeneu e Menelau, momento que está ausente no filme. Durante o conflito entre Páris e Menelau, esperar-se-ia pela intervenção da deusa Afrodite, salvando Páris da sua morte, no entanto, uma vez mais, tal não se verifica no filme. Além disso, na versão cinematográfica, Menelau, irmão de Agamémnon, é morto por Heitor, cena que não é mencionada no livro.
É bastante notável o desprezo dado aos heróis secundários, tais como Diomedes e Glauco, dois heróis essenciais para se compreender o código do herói homérico. De notar também o exagero existente aquando da conquista da praia de Tróia, quer pelo número de barcos, quer pelas acções iniciais de Aquiles.
Pátroclo, segundo o filme, usa as armas de Aquiles sem o seu consentimento, ao passo que, na Ilíada, Pátroclo leva as armas e os seus cavalos (Xanto, Balio e Pédaso) para a guerra com o seu parecer, da mesma forma que não se valoriza na película a aristeia de Pátroclo, nem o episódio em que este mata o filho de Zeus, Sarpédon. Após a morte de Pátroclo, não é retratada a luta pelo corpo e pelas armas de Aquiles.
Enquanto o poema descreve com uma carga emotiva muito forte a despedida de Heitor da sua esposa e do seu filho, o filme não consegue transmitir a mesma emotividade, deixando uma imagem menos sentimental do casal.
Ausente do filme está também o episódio que envolve o fabrico do escudo de Aquiles.
E são muitas mais as diferenças entre estes, no entanto o conhecimento que possuo do poema ainda é muito parcial. Futuramente, faço intenção de lê-lo todo e quem sabe relê-lo.
Concluindo, o filme exalta maioritariamente a glória individual dos heróis homéricos pondo de parte em muitas situações a intervenção directa dos Deuses. O poema, por sua vez, exalta o valor da imortalidade para os heróis homéricos, desenvolve as consequências da ira de Aquiles. Além disso, saliento a presença constante dos Deuses ao longo da Ilíada.
Após uma visualização mais atenta do filme “Tróia” e da leitura de parte da obra Ilíada, na disciplina de CCC, pude verificar que existem diversas diferenças, das quais vou aqui dar alguns exemplos.
Desde logo, o significado da diferença do título do livro e do filme. O primeiro canta a ‘ira funesta’ de Aquiles e a obtenção de imortalidade, o segundo exalta principalmente a imortalidade do herói homérico.
Depois, o filme apresenta-nos o conflito entre Páris e Menelau, episódio que surge no Canto III do poema homérico. Neste, Helena descreve, a partir das muralhas, Agamémnon, Ulisses, Ájax, Idomeneu e Menelau, momento que está ausente no filme. Durante o conflito entre Páris e Menelau, esperar-se-ia pela intervenção da deusa Afrodite, salvando Páris da sua morte, no entanto, uma vez mais, tal não se verifica no filme. Além disso, na versão cinematográfica, Menelau, irmão de Agamémnon, é morto por Heitor, cena que não é mencionada no livro.
É bastante notável o desprezo dado aos heróis secundários, tais como Diomedes e Glauco, dois heróis essenciais para se compreender o código do herói homérico. De notar também o exagero existente aquando da conquista da praia de Tróia, quer pelo número de barcos, quer pelas acções iniciais de Aquiles.
Pátroclo, segundo o filme, usa as armas de Aquiles sem o seu consentimento, ao passo que, na Ilíada, Pátroclo leva as armas e os seus cavalos (Xanto, Balio e Pédaso) para a guerra com o seu parecer, da mesma forma que não se valoriza na película a aristeia de Pátroclo, nem o episódio em que este mata o filho de Zeus, Sarpédon. Após a morte de Pátroclo, não é retratada a luta pelo corpo e pelas armas de Aquiles.
Enquanto o poema descreve com uma carga emotiva muito forte a despedida de Heitor da sua esposa e do seu filho, o filme não consegue transmitir a mesma emotividade, deixando uma imagem menos sentimental do casal.
Ausente do filme está também o episódio que envolve o fabrico do escudo de Aquiles.
E são muitas mais as diferenças entre estes, no entanto o conhecimento que possuo do poema ainda é muito parcial. Futuramente, faço intenção de lê-lo todo e quem sabe relê-lo.
Concluindo, o filme exalta maioritariamente a glória individual dos heróis homéricos pondo de parte em muitas situações a intervenção directa dos Deuses. O poema, por sua vez, exalta o valor da imortalidade para os heróis homéricos, desenvolve as consequências da ira de Aquiles. Além disso, saliento a presença constante dos Deuses ao longo da Ilíada.
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