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Houve um tempo em que arte era aquilo que nos enchia os olhos, nos arrepiava a pele, nos transformava como seres humanos que, nos bestificava com tamanha a sensibilidade nos ofertada pelo artista, era a manifestação da estética e de ideias de um artista, que mexia com a nossa consciência, mas, parece que nos dias de hoje o conceito do que seja arte, foge um pouco disso tudo.
Até mesmo o futebol que, devido a genialidade de alguns artistas da bola que nos encantavam pelos campos país afora, ganhou status de arte: futebol arte,
Mas, hoje em dia, a quem se reconhece de craque, prefere abrir mão de nos encantar com a beleza dos dribles e se contenta em nos oferta suas quedas cinematográficas sobre o gramado: patético. Não querem ser artistas, querem apenas ser famosos.
Na música, no teatro, na dança, hoje em dia vemos pouco do que seja, realmente arte, no conceito que lhe define, o quê vemos são manifestações, não mais estéticas e de idéias, mas de posições políticas e ideológicas que buscam, não nos seduzir pela beleza ou pela sensibilidade da obra de arte, mas, sim, pela força de nos empurrar goela abaixo, seus pontos de vistas e suas escolhas de vida.
A arte não pode nos ser entregue como que vomita as suas insatisfações ou os seus preconceitos, a arte é maior do que o meu ponto de vista, do que seu ponto de vista, do que a minha vontade, do que a sua vontade, a arte precisa captar aquilo que vai mexer com o inconsciente do ser humano, ao ponto de lhe dar a consciência de que a vida é diferente e não pelo discurso de ódio provocativo de quem quer apenas dar o troco por não ter voz.
A civilização industrial tende a nos mostrar, em todas as coisas, possibilidades de consumo e fruição. Mesmo que a arte atual seja vista como simples mercadoria isto não deve impedir-nos de ver de forma um pouco mais abrangente as questões maiores da natureza e das funções da arte.