Na década de 1960, em pleno processo de emancipação política das colônias africanas, o professor de História Moderna da Universidade de Oxford, Hugh Trevor-Roper, em uma série de ensaios, sentenciou: "Pode ser que, no futuro, hoja uma história da África para ser ensinada. No presente, porém, ela não existe; o que existe é a história dos europeus na África. 0 resto são trevas e as trevas não constituem tema de história. 0 mundo atual [...] está a tal ponto dominado pelas idéias, técnicas e valores da Europa ocidental que, pelo menos nos cinco últimos séculos, na medido em que a história do mundo tem importância, é somente a história da Europa que conta. Por conseguinte, não podemos nos permitir divertirmo-nos com o movimento sem interesse de tribos bárbaras nos confins pitorescos do mundo, mas que não exerceram nenhuma influência em outras regiões”. Apud FAGE, J. D. "A evolução da historiografia da África”. In: História Geral da África. Metodologia e Pré-História da África, v. I. São Paulo: Ática/Unesco. 1982. p. 51. a) 0 historiador Trevor-Roper nega a existência de uma historicidade própria dos povos do continente africano? Justifique sua resposta. /H3 b) Há, nesse trecho, elementos que apontem para uma desqualificação dos povos africanos? Exemplifique. perspectiva de Trevor-Roper pode ser considerada eurocêntrica? Por quê?
Respostas
respondido por:
65
Olá,
Analisando o texto vemos que:
1) O autor não nega a existência de uma história própria do continente, entretanto não acha que é relevante.
2) Sim, ele considera que a história do povo africano não é relevante no mundo moderno e por isso, não merece ser estudada, um exemplo desta desqualificação está em: "não podemos nos permitir divertirmo-nos com o movimento sem interesse de tribos bárbaras nos confins pitorescos do mundo".
3) A visão dele pode ser considerada Eurocêntrica, já que acredita que os processos e aquisições mais importantes do mundo vieram da Europa, e demonstra indiretamente considerar outros povos menos evoluídos.
Espero ter ajudado!
Analisando o texto vemos que:
1) O autor não nega a existência de uma história própria do continente, entretanto não acha que é relevante.
2) Sim, ele considera que a história do povo africano não é relevante no mundo moderno e por isso, não merece ser estudada, um exemplo desta desqualificação está em: "não podemos nos permitir divertirmo-nos com o movimento sem interesse de tribos bárbaras nos confins pitorescos do mundo".
3) A visão dele pode ser considerada Eurocêntrica, já que acredita que os processos e aquisições mais importantes do mundo vieram da Europa, e demonstra indiretamente considerar outros povos menos evoluídos.
Espero ter ajudado!
Perguntas similares
6 anos atrás
6 anos atrás
8 anos atrás
8 anos atrás
9 anos atrás