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Vanessa Vitória dos Santos, de 10 anos, foi morta com um tiro na cabeça dentro de casa, na comunidade Camarista Méier, no Complexo do Lins, na zona norte do Rio de Janeiro. Arthur foi baleado ainda no útero da mãe, na comunidade do Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e corre o risco de ficar paraplégico. Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, morreu após ser atingida por tiros no pátio de uma escola municipal em Acari, na zona norte, e um policial militar acaba de ser indiciado pela morte da estudante.
Todos esses casos tiveram grande repercussão, mas a violência faz vítimas todos os dias no Rio de Janeiro. Dados da Polícia Civil mostram que 632 pessoas foram atingidas por balas perdidas de janeiro a 2 de julho deste ano, média de 3,4 casos por dia no Estado. Dessas, ao menos 67 morreram.
Os homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial – nomenclatura dada ao extinto “auto de resistência” –, que muitas vezes ocorrem durante os confrontos entre a polícia e o tráfico nas comunidades, atingiram a marca de 480 casos nos primeiros cinco meses de 2017. O número, divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), representa um aumento de 48% em relação ao mesmo período de 2016 e é a pior marca desde criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), em 2008.
Mais do que a crise econômica, a crise política e o consequente desmonte do projeto das UPPs explicam a escalada da violência no Rio. Essa é a análise de Orlando Zaccone, delegado da Polícia Civil há 18 anos e doutor em ciência política.
“Nós estamos vendo o enfraquecimento e o desmonte de um projeto e a inviabilidade política de colocar fim a esse projeto. Para não ter esse desgaste, o Estado precisa dar um sinal para os criminosos de que a polícia ainda controla o território”, diz Zaccone. Segundo ele, as operações policiais passaram a ser demonstração de força, mas têm “transbordado em força”.
Zaccone atua hoje no Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) e integra a organização Agentes da Lei Contra a Proibição (LEAP, na sigla em inglês), que reúne juízes, promotores e policiais defensores da legalização das drogas como meio de reduzir a violência e as mortes provocadas pela guerra ao tráfico.
Responsável pelo inquérito inicial do caso Amarildo, o delegado desconstruiu a versão de que o pedreiro seria traficante da Rocinha. À época, Zaccone disse que, caso Amarildo fosse identificado como traficante, seria tratado como "inimigo matável" e sua morte passaria a não ter importância.
Todos esses casos tiveram grande repercussão, mas a violência faz vítimas todos os dias no Rio de Janeiro. Dados da Polícia Civil mostram que 632 pessoas foram atingidas por balas perdidas de janeiro a 2 de julho deste ano, média de 3,4 casos por dia no Estado. Dessas, ao menos 67 morreram.
Os homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial – nomenclatura dada ao extinto “auto de resistência” –, que muitas vezes ocorrem durante os confrontos entre a polícia e o tráfico nas comunidades, atingiram a marca de 480 casos nos primeiros cinco meses de 2017. O número, divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), representa um aumento de 48% em relação ao mesmo período de 2016 e é a pior marca desde criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), em 2008.
Mais do que a crise econômica, a crise política e o consequente desmonte do projeto das UPPs explicam a escalada da violência no Rio. Essa é a análise de Orlando Zaccone, delegado da Polícia Civil há 18 anos e doutor em ciência política.
“Nós estamos vendo o enfraquecimento e o desmonte de um projeto e a inviabilidade política de colocar fim a esse projeto. Para não ter esse desgaste, o Estado precisa dar um sinal para os criminosos de que a polícia ainda controla o território”, diz Zaccone. Segundo ele, as operações policiais passaram a ser demonstração de força, mas têm “transbordado em força”.
Zaccone atua hoje no Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) e integra a organização Agentes da Lei Contra a Proibição (LEAP, na sigla em inglês), que reúne juízes, promotores e policiais defensores da legalização das drogas como meio de reduzir a violência e as mortes provocadas pela guerra ao tráfico.
Responsável pelo inquérito inicial do caso Amarildo, o delegado desconstruiu a versão de que o pedreiro seria traficante da Rocinha. À época, Zaccone disse que, caso Amarildo fosse identificado como traficante, seria tratado como "inimigo matável" e sua morte passaria a não ter importância.
lary14m:
Obrigada
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